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15/05/2007 - 18h20

Delegado da PF diz que dificilmente pilotos do Legacy serão presos

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O delegado Renato Sayão, da Polícia Federal, responsável pelo inquérito do acidente com o avião da Gol e o jato Legacy, disse hoje que não tem a expectativa de que os dois pilotos norte-americanos responsabilizados por ele pelo acidente serão condenados à prisão. A opinião do delegado é que, se forem punidos, será com pena alternativa.

Sayão disse que sua avaliação leva em conta o fato de os dois pilotos --Jean Paul Paladino e Joseph Lepore-- serem acusados de crime culposo (sem a intenção) e não de crime doloso. "Se vai ter punição ou não fica a cargo do juiz, mas dificilmente alguém vai ser preso por isso [crime culposo]", afirmou. O delegado revelou que o inquérito acusa os dois de atentado à segurança do tráfego aéreo na modalidade culposa.

A pena prevista para crime culposo é de um a quatro anos de prisão, mas, no caso em questão, como 154 pessoas morreram, a pena pode ser acrescida. "Dificilmente alguém é preso por crime culposo se tem outros tipos de pena alternativa. Estamos antecipando coisa que vai demorar muitos anos", reiterou o delegado.

Além dos pilotos, o delegado também aponta os controladores de vôo como co-responsáveis pelo acidente. "Não podemos investigar os controladores [porque são militares]. A nossa obrigação é enxergando possíveis descumprimentos de normas mandar para o IPM [Inquérito Policial Militar]. Se eles cometeram um crime, falta administrativa ou se não tinha outra maneira de agir porque o sistema é falho o IPM é quem vai dizer."

O delegado insistiu que seu relatório não diz se os controladores cometeram um crime, apenas "aponta falhas".

Os dois pilotos norte-americanos foram acusados pelo delegado pelo acidente porque, entre outras coisas, o transponder (equipamento anticolisão) estava desligado. O delegado disse que não pode afirmar o motivo, pois os pilotos "não deram a versão deles". Mas que, apesar de o desligamento precisar de dois toques para ser efetivado, ele considerou que a atitude não foi proposital porque isso seria cometer um suicídio.

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