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20/05/2007 - 19h32

Advogado de ex-governador do Maranhão tentará adiar depoimento no STJ

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da Folha Online
com Agência Brasil

O advogado José Antônio Almeida, responsável pela defesa do ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares, quer adiar o depoimento de seu cliente no STJ (Superior Tribunal de Justiça), sob a alegação de que a defesa não teve acesso à íntegra dos autos processuais.

De acordo com Almeida, o ex-governador será o primeiro a ser ouvido pela ministra do STJ Eliana Calmon na tarde desta segunda-feira (21). Amanhã, começam os depoimentos dos 47 presos na Operação Navalha, deflagrada no último 17 pela PF (Polícia Federal).

"Pediram que nós comprássemos 20 DVDs virgens para cópias de vários filmes que foram feitos nas diligências policiais. Mas ainda não recebemos esse material", disse Almeida neste domingo (20), na Superintendência da PF. "Quer dizer, não sabemos o que consta lá antes de o cliente depor."

Ele acrescenta que os autos do processo foram entregues em papel, com exceção de um volume, que estaria sob a posse da ministra do STJ. "Então, olhamos uma coisa incompleta. Isso é um cerceamento de defesa. Nós vamos pedir que ela [Eliana Calmon] adie o depoimento", afirmou. O pedido deverá ser protocolado nesta segunda-feira (21).

Operação

A PF deflagrou, no último dia 17, a Operação Navalha contra uma suposta quadrilha que fraudava licitações públicas para a realização de obras, como as previstas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o Luz Para Todos --ambas do governo federal.

Neste sábado, a PF prendeu Zaqueu de Oliveira Filho, apontado como servidor público do município de Camaçari (BA) e integrante da suposta quadrilha. Ele era o último acusado de envolvimento na quadrilha que estava solto.

Na quinta-feira (17), outros 46 apontados de envolvimento no esquema foram presos pela PF na chamada Operação Navalha, entre eles, o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares (PSB), o filho do ex-governador João Alves Filho (DEM-SE), João Alves Neto, dois sobrinhos do governador Jackson Lago (PDT-MA) --Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior--, além dos prefeitos de Sinop, Nilson Aparecido Leitão (PSDB-MT) e de Camaçari, Luiz Carlos Caetano (PT-BA).

Oliveira Filho teria comparecido espontaneamente à Superintendência da PF. No despacho da ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça) --que autorizou os mandados de prisão--, ele é acusado de ter sido corrompido pelo esquema de máfia das licitações e envolver-se em episódios de direcionamento de recursos do Ministério das Cidades para execução de obras no município de Camaçari, numa fraude que envolveu a empresa Gautama.

Segundo o despacho ministra, ele solicitou por duas vezes, para ele e o prefeito de Camaçari, passagens aéreas e hospedagem em hotéis.

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