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21/05/2007
-
11h53
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente em exercício, José Alencar (PRB), disse nesta segunda-feira que a decisão sobre a permanência do ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) no governo é de foro íntimo ou deve ser tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Polícia Federal, que apura o suposto envolvimento do ministro no esquema de fraude de obras públicas, desmontado pela Operação Navalha, recolheu fitas gravadas por câmeras do serviço de segurança do Ministério de Minas e Energia.
As imagens mostram uma funcionária da Gautama (que operava o esquema), Fátima Palmeira, entrando no ministério pelo elevador privativo no dia 13 de março. Ela carrega um envelope de cor parda, no qual a PF acredita que estavam R$ 100 mil. Diretora financeira da Gautama, Palmeira se dirige até o andar do gabinete de Silas Rondeau. Lá, encontra-se com o assessor do ministro, Ivo Almeida Costa, preso na Operação Navalha.
Alencar disse que, como interino na Presidência da República, não deve se manifestar sobre o futuro de Rondeau no primeiro escalão. "Tem que perguntar a ele. Eu não posso afastá-lo. O presidente é o Lula. E em caso de afastamento por vontade própria, é do foro íntimo dele."
O vice-presidente pediu cautela nas denúncias contra o ministro, uma vez que, segundo ele, ainda não há nada de concreto que possa comprovar o efetivo envolvimento de Rondeau no esquema de fraude.
"Ali não há nada de condenação, há acusação. Ele já se defendeu no Paraguai e disse que gostaria de ser investigado além de fazer sua defesa na Justiça. Vocês sabem o quanto considero essas coisas erradas [fraudes]. Mas não posso condenar uma pessoa com indícios."
Alencar disse que uma possível condenação de Rondeau deve ter como base as investigações finais da Polícia Federal e da Justiça, com transparência em todo o processo. Ele ainda elogiou a atuação da PF na operação, que resultou na prisão de 47 pessoas envolvidas no esquema.
Questionado se o esquema desmontado pela PF pode prejudicar as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Alencar respondeu de forma negativa, mas cobrou o fim da corrupção em órgãos públicos. "Não defendo apenas a rubrica dos juros, mas o fim do desvio no setor público, em obras superfaturadas. Isso tem que acabar."
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Alencar diz que decisão sobre futuro de Silas Rondeau deve ser tomada por Lula
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da Folha Online, em Brasília
O presidente em exercício, José Alencar (PRB), disse nesta segunda-feira que a decisão sobre a permanência do ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) no governo é de foro íntimo ou deve ser tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Polícia Federal, que apura o suposto envolvimento do ministro no esquema de fraude de obras públicas, desmontado pela Operação Navalha, recolheu fitas gravadas por câmeras do serviço de segurança do Ministério de Minas e Energia.
As imagens mostram uma funcionária da Gautama (que operava o esquema), Fátima Palmeira, entrando no ministério pelo elevador privativo no dia 13 de março. Ela carrega um envelope de cor parda, no qual a PF acredita que estavam R$ 100 mil. Diretora financeira da Gautama, Palmeira se dirige até o andar do gabinete de Silas Rondeau. Lá, encontra-se com o assessor do ministro, Ivo Almeida Costa, preso na Operação Navalha.
Alencar disse que, como interino na Presidência da República, não deve se manifestar sobre o futuro de Rondeau no primeiro escalão. "Tem que perguntar a ele. Eu não posso afastá-lo. O presidente é o Lula. E em caso de afastamento por vontade própria, é do foro íntimo dele."
O vice-presidente pediu cautela nas denúncias contra o ministro, uma vez que, segundo ele, ainda não há nada de concreto que possa comprovar o efetivo envolvimento de Rondeau no esquema de fraude.
"Ali não há nada de condenação, há acusação. Ele já se defendeu no Paraguai e disse que gostaria de ser investigado além de fazer sua defesa na Justiça. Vocês sabem o quanto considero essas coisas erradas [fraudes]. Mas não posso condenar uma pessoa com indícios."
Alencar disse que uma possível condenação de Rondeau deve ter como base as investigações finais da Polícia Federal e da Justiça, com transparência em todo o processo. Ele ainda elogiou a atuação da PF na operação, que resultou na prisão de 47 pessoas envolvidas no esquema.
Questionado se o esquema desmontado pela PF pode prejudicar as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Alencar respondeu de forma negativa, mas cobrou o fim da corrupção em órgãos públicos. "Não defendo apenas a rubrica dos juros, mas o fim do desvio no setor público, em obras superfaturadas. Isso tem que acabar."
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