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21/05/2007
-
16h51
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou nesta segunda-feira ter qualquer relação com as fraudes em licitações públicas do governo federal promovidas pela empresa Gautama. Apesar de conhecer parte dos envolvidos nas fraudes, Renan disse não temer que as investigações da Polícia Federal apontem o seu envolvimento.
"Muito pelo contrário. Não temo absolutamente nada, não tenho nada a ver. Eu acho que o meu papel e o papel do Senado é de defender o interesse público, por isso eu quero que essas investigações avancem, que essas coisas se esclareçam, para que as denúncias não se sobreponham aos fatos. Isso é ruim, não serve a democracia, não serve ao Estado de Direito e não serve à própria investigação", afirmou.
Renan saiu em defesa do ministro Silas Rondeau (Minas e Energia), acusado pela Polícia Federal de ter recebido R$ 100 mil da Gautama para a execução de obras do programa Luz para Todos, do governo federal. Segundo Renan, não há nada que comprove o envolvimento direto do ministro nas fraudes.
"Não há nada, absolutamente nada no presente momento que comprove o envolvimento do ministro. Quando não se avança, não se esclarece, fica na especulação dos fatos. Você não sabe a extensão da responsabilidade de cada um e é o que está acontecendo com relação ao ministro."
Apesar de negar qualquer envolvimento com a Gautama, Renan admitiu que sempre defendeu o interesse de Alagoas no Congresso --mas sempre a pedido de governadores e prefeitos, e não de empreiteiros. "É natural, é papel de cada senador defender o investimento de seu Estado. Nós fizemos isso em todas as direções", disse.
Renan reiterou que conhece Zuleido Veras, dono da Gautama, assim como vários empreiteiros que mantém investimentos em Alagoas. O senador disse ser "natural" que os empresários procurem deputados e senadores para a liberação de emendas parlamentares.
"O Zuleido não pedia liberação de verba. Todos os pedidos que recebi foram de prefeitos, governadores e é importante que trabalhamos nessa direção."
Orçamento
O presidente do Senado defendeu mudanças no Orçamento da União promovidas pela Casa Legislativa no ano passado como forma de coibir fraudes na administração federal. Segundo Renan, o Senado bloqueia o repasse de recursos para obras apontadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) como irregulares.
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Presidente do Senado nega relação com fraudes em obras públicas
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da Folha Online, em Brasília
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou nesta segunda-feira ter qualquer relação com as fraudes em licitações públicas do governo federal promovidas pela empresa Gautama. Apesar de conhecer parte dos envolvidos nas fraudes, Renan disse não temer que as investigações da Polícia Federal apontem o seu envolvimento.
"Muito pelo contrário. Não temo absolutamente nada, não tenho nada a ver. Eu acho que o meu papel e o papel do Senado é de defender o interesse público, por isso eu quero que essas investigações avancem, que essas coisas se esclareçam, para que as denúncias não se sobreponham aos fatos. Isso é ruim, não serve a democracia, não serve ao Estado de Direito e não serve à própria investigação", afirmou.
Renan saiu em defesa do ministro Silas Rondeau (Minas e Energia), acusado pela Polícia Federal de ter recebido R$ 100 mil da Gautama para a execução de obras do programa Luz para Todos, do governo federal. Segundo Renan, não há nada que comprove o envolvimento direto do ministro nas fraudes.
"Não há nada, absolutamente nada no presente momento que comprove o envolvimento do ministro. Quando não se avança, não se esclarece, fica na especulação dos fatos. Você não sabe a extensão da responsabilidade de cada um e é o que está acontecendo com relação ao ministro."
Apesar de negar qualquer envolvimento com a Gautama, Renan admitiu que sempre defendeu o interesse de Alagoas no Congresso --mas sempre a pedido de governadores e prefeitos, e não de empreiteiros. "É natural, é papel de cada senador defender o investimento de seu Estado. Nós fizemos isso em todas as direções", disse.
Renan reiterou que conhece Zuleido Veras, dono da Gautama, assim como vários empreiteiros que mantém investimentos em Alagoas. O senador disse ser "natural" que os empresários procurem deputados e senadores para a liberação de emendas parlamentares.
"O Zuleido não pedia liberação de verba. Todos os pedidos que recebi foram de prefeitos, governadores e é importante que trabalhamos nessa direção."
Orçamento
O presidente do Senado defendeu mudanças no Orçamento da União promovidas pela Casa Legislativa no ano passado como forma de coibir fraudes na administração federal. Segundo Renan, o Senado bloqueia o repasse de recursos para obras apontadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) como irregulares.
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