Publicidade
Publicidade
22/05/2007
-
10h45
RUBENS VALENTE
da Folha de S.Paulo
A construtora Gautama, foco da Operação Navalha, desencadeada na semana passada pela Polícia Federal, remeteu R$ 14,8 milhões para uma conta aberta em nome da empresa no paraíso fiscal das Bahamas, segundo registros do Banco Central que integram os arquivos da CPI do Banestado.
Foram três remessas, em setembro, outubro e novembro de 1998, descritas apenas como "disponibilidades no exterior" --sem detalhes sobre o destino final dos recursos.
A empreiteira apontou como seu endereço uma caixa postal em Nassau, capital das Bahamas. Os recursos saíram de uma conta na agência do BankBoston de São Paulo.
As operações, em si, não são ilegais, desde que a empresa tenha declarado a conta à Receita Federal, assim como o saldo no último dia de 1998.
Naquele ano, a Gautama tinha três anos de fundação, mas já enfrentava um processo no TCU (Tribunal de Contas da União). O tribunal investigava denúncia sobre possível superfaturamento no preço das obras de conclusão do prédio do Tribunal de Justiça do Amazonas, avaliadas em R$ 20 milhões, verba oriunda do Ministério da Justiça.
Os advogados do dono da Gautama, Zuleido Soares de Veras, foram procurados ontem, mas não foram localizados. Foram deixados recados no telefone celular da advogada responsável e com sua secretária, no escritório.
Na época das remessas, a Gautama tinha como sócio Latif Mikhaiel Abud, que rompeu com Zuleido Veras em 2003. Por meio de seu advogado, José Luis Oliveira Lima, Abud afirmou que as remessas "seguiram as ordens administrativas impostas pelo Banco Central e foram absolutamente legais".
Leia mais
José Sarney defende a saída do ministro Silas Rondeau do governo
Ex-presidentes FHC e Itamar defendem saída de ministro
Deputados do PSB e PPS defendem CPIs para investigar máfia das fraudes
Saiba como funcionava a máfia das obras públicas
STF revoga prisão de dois acusados na Operação Navalha
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Operação Navalha
Leia cobertura completa sobre o segundo mandato de Lula
Gautama enviou R$ 14,8 milhões ao exterior
Publicidade
da Folha de S.Paulo
A construtora Gautama, foco da Operação Navalha, desencadeada na semana passada pela Polícia Federal, remeteu R$ 14,8 milhões para uma conta aberta em nome da empresa no paraíso fiscal das Bahamas, segundo registros do Banco Central que integram os arquivos da CPI do Banestado.
Foram três remessas, em setembro, outubro e novembro de 1998, descritas apenas como "disponibilidades no exterior" --sem detalhes sobre o destino final dos recursos.
A empreiteira apontou como seu endereço uma caixa postal em Nassau, capital das Bahamas. Os recursos saíram de uma conta na agência do BankBoston de São Paulo.
As operações, em si, não são ilegais, desde que a empresa tenha declarado a conta à Receita Federal, assim como o saldo no último dia de 1998.
Naquele ano, a Gautama tinha três anos de fundação, mas já enfrentava um processo no TCU (Tribunal de Contas da União). O tribunal investigava denúncia sobre possível superfaturamento no preço das obras de conclusão do prédio do Tribunal de Justiça do Amazonas, avaliadas em R$ 20 milhões, verba oriunda do Ministério da Justiça.
Os advogados do dono da Gautama, Zuleido Soares de Veras, foram procurados ontem, mas não foram localizados. Foram deixados recados no telefone celular da advogada responsável e com sua secretária, no escritório.
Na época das remessas, a Gautama tinha como sócio Latif Mikhaiel Abud, que rompeu com Zuleido Veras em 2003. Por meio de seu advogado, José Luis Oliveira Lima, Abud afirmou que as remessas "seguiram as ordens administrativas impostas pelo Banco Central e foram absolutamente legais".
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice