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22/05/2007
-
20h50
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Na carta de demissão entregue hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) afirma que são "injustas e descabidas inverdades" as acusações de que teria recebido R$ 100 mil em propina da empresa Gautama em troca de facilitações para a execução de obras do programa Luz para Todos para a empreiteira.
No texto, o ministro disse ser inocente das acusações e justifica a saída do governo com o argumento de que deseja preservar sua família e sua honra das "injustiças" a que teria sido submetido.
O ministro diz a Lula que vai, agora, dedicar todo o seu tempo para se defender das acusações.
Rondeau afirma que sua honra e história de vida "jamais foram questionadas em vários anos de serviços públicos prestados ao país no desenvolvimento do setor elétrico".
Veja abaixo a íntegra da carta entregue ao presidente Lula pelo ministro Rondeau:
"Como é do conhecimento de Vossa Excelência, estou sendo submetido a um processo que me causou dano pessoal irreparável. A investigação da Polícia Federal, em curso perante o Superior Tribunal de Justiça, não envolve a minha pessoa, até porque como ministro de Estado só seria objeto de investigação no Supremo Tribunal Federal.
A situação em si caracteriza descabidas e injustas inverdades que impõem a mim, neste momento, dedicar-me inteiramente a defender minha honra e minha história de vida, jamais questionadas em vários anos de serviços públicos prestados ao país no desenvolvimento do setor elétrico.
Servi ao governo de Vossa Excelência com a máxima lealdada e correção, seja na presidência de empresas estatais do setor elétrico, seja como ministro de Estado.
À Vossa Excelência sempre serei grato pela confiança e pela oportunidade de trabalhar pela grandeza do nosso país.
Todavia, a injustiça que recaiu sobre a minha pessoa leva-me a solicitar a Vossa Excelência minha exoneração, a fim de melhor proteger minha pessoa, minha família, minha honra, minha história e permitir ao governo que siga com todas as energias voltadas para o crescimento do país, a implementação do PAC e o desenvolvimento do setor energético.
Reafirmo a Vossa Excelência minha total inocência e renovo meus desejos de pleno sucesso na condução dos destinos do Brasil."
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Em carta, Rondeau diz que acusações são injustas e descabidas; veja íntegra
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da Folha Online, em Brasília
Na carta de demissão entregue hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) afirma que são "injustas e descabidas inverdades" as acusações de que teria recebido R$ 100 mil em propina da empresa Gautama em troca de facilitações para a execução de obras do programa Luz para Todos para a empreiteira.
No texto, o ministro disse ser inocente das acusações e justifica a saída do governo com o argumento de que deseja preservar sua família e sua honra das "injustiças" a que teria sido submetido.
O ministro diz a Lula que vai, agora, dedicar todo o seu tempo para se defender das acusações.
Rondeau afirma que sua honra e história de vida "jamais foram questionadas em vários anos de serviços públicos prestados ao país no desenvolvimento do setor elétrico".
Veja abaixo a íntegra da carta entregue ao presidente Lula pelo ministro Rondeau:
"Como é do conhecimento de Vossa Excelência, estou sendo submetido a um processo que me causou dano pessoal irreparável. A investigação da Polícia Federal, em curso perante o Superior Tribunal de Justiça, não envolve a minha pessoa, até porque como ministro de Estado só seria objeto de investigação no Supremo Tribunal Federal.
A situação em si caracteriza descabidas e injustas inverdades que impõem a mim, neste momento, dedicar-me inteiramente a defender minha honra e minha história de vida, jamais questionadas em vários anos de serviços públicos prestados ao país no desenvolvimento do setor elétrico.
Servi ao governo de Vossa Excelência com a máxima lealdada e correção, seja na presidência de empresas estatais do setor elétrico, seja como ministro de Estado.
À Vossa Excelência sempre serei grato pela confiança e pela oportunidade de trabalhar pela grandeza do nosso país.
Todavia, a injustiça que recaiu sobre a minha pessoa leva-me a solicitar a Vossa Excelência minha exoneração, a fim de melhor proteger minha pessoa, minha família, minha honra, minha história e permitir ao governo que siga com todas as energias voltadas para o crescimento do país, a implementação do PAC e o desenvolvimento do setor energético.
Reafirmo a Vossa Excelência minha total inocência e renovo meus desejos de pleno sucesso na condução dos destinos do Brasil."
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