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23/05/2007
-
08h12
da Folha Online
A ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), deve ouvir nesta quarta-feira o depoimento de 13 acusados pela Polícia Federal de envolvimento no suposto esquema de fraudes em obras públicas.
Ontem, o ministro Silas Rondeau (Minas e Energia), investigado pela PF, entregou uma carta pedindo demissão do cargo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pedido foi oficializado quase que ao mesmo tempo no Palácio do Planalto e no Ministério de Minas e Energia.
A Operação Navalha prendeu na semana passada 48 pessoas envolvidas no esquema. A ministra começou a ouvir os acusados na segunda-feira.
Hoje estão agendados, pela manhã, os depoimentos de Jorge Targa Juni, presidente da Companhia Energética do Piauí; do empresário José Edson Vasconcelos Fontenelle; de Everaldo José de Siqueira Alves, subsecretário de Obras de Camaçari (BA); Iran César de Araújo Filho, secretário de Obras de Camaçari (BA); e Alexandre de Maia Lago, sobrinho do governador do Maranhão.
À tarde, estão previstos os depoimentos de Francisco de Paula Lima Júnior, também sobrinho do governador do Maranhão; Sebastião José Pinheiro Branco, fiscal de obras no Estado do Maranhão; Maria de Fátima Palmeira, diretora comercial da Gautama; Abelardo Sampaio Lopes Filho, engenheiro e diretor da construtora Gautama; Bolívar Ribeiro Saback, funcionário da Gautama; Rosevaldo Pereira Melo, funcionário da Gautama; Gil Jacó Carvalho Santos, diretor financeiro da Gautama; e Ricardo Magalhães da Silva, também funcionário da construtora.
Demissão
No Palácio, foi divulgada a carta com o pedido de demissão de Rondeau. Já o ministério divulgou uma nota em que Rondeau reafirma sua inocência e afirma que deixa o governo para impedir que o setor energético seja prejudicado. Ele afirma ainda querer evitar que a imagem do governo seja de algum modo afetada.
Antes disso, a saída dele já tinha sido anunciada no Congresso pelo senador José Sarney (PMDB-AP), que indicou Rondeau para o cargo.
Rondeau era apontado como beneficiário do suposto esquema de fraude das licitações para realização de obras públicas.
O esquema começou a respingar em Rondeau quando a PF prendeu durante a Operação Navalha Ivo Almeida Costa. Ele era assessor especial do gabinete do ministro.
A PF recolheu fitas gravadas por câmeras do serviço de segurança do Ministério de Minas e Energia. As imagens mostram uma funcionária da Gautama, Fátima Palmeira, entrando no ministério pelo elevador privativo no dia 13 de março. Ela carrega um envelope de cor parda, no qual a PF acredita que estavam R$ 100 mil.
Diretora financeira da Gautama, Palmeira se dirige até o andar do gabinete de Silas Rondeau. Lá, encontra-se com o assessor do ministro.
Antes de oficializar sua saída, Rondeau esteve reunido ontem à tarde com Lula. O encontro foi interrompido para Lula se encontrar com representantes da Fetraf e com o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social).
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A ministra Eliana Calmon, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), deve ouvir nesta quarta-feira o depoimento de 13 acusados pela Polícia Federal de envolvimento no suposto esquema de fraudes em obras públicas.
Ontem, o ministro Silas Rondeau (Minas e Energia), investigado pela PF, entregou uma carta pedindo demissão do cargo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pedido foi oficializado quase que ao mesmo tempo no Palácio do Planalto e no Ministério de Minas e Energia.
A Operação Navalha prendeu na semana passada 48 pessoas envolvidas no esquema. A ministra começou a ouvir os acusados na segunda-feira.
Hoje estão agendados, pela manhã, os depoimentos de Jorge Targa Juni, presidente da Companhia Energética do Piauí; do empresário José Edson Vasconcelos Fontenelle; de Everaldo José de Siqueira Alves, subsecretário de Obras de Camaçari (BA); Iran César de Araújo Filho, secretário de Obras de Camaçari (BA); e Alexandre de Maia Lago, sobrinho do governador do Maranhão.
À tarde, estão previstos os depoimentos de Francisco de Paula Lima Júnior, também sobrinho do governador do Maranhão; Sebastião José Pinheiro Branco, fiscal de obras no Estado do Maranhão; Maria de Fátima Palmeira, diretora comercial da Gautama; Abelardo Sampaio Lopes Filho, engenheiro e diretor da construtora Gautama; Bolívar Ribeiro Saback, funcionário da Gautama; Rosevaldo Pereira Melo, funcionário da Gautama; Gil Jacó Carvalho Santos, diretor financeiro da Gautama; e Ricardo Magalhães da Silva, também funcionário da construtora.
Demissão
No Palácio, foi divulgada a carta com o pedido de demissão de Rondeau. Já o ministério divulgou uma nota em que Rondeau reafirma sua inocência e afirma que deixa o governo para impedir que o setor energético seja prejudicado. Ele afirma ainda querer evitar que a imagem do governo seja de algum modo afetada.
Antes disso, a saída dele já tinha sido anunciada no Congresso pelo senador José Sarney (PMDB-AP), que indicou Rondeau para o cargo.
Rondeau era apontado como beneficiário do suposto esquema de fraude das licitações para realização de obras públicas.
O esquema começou a respingar em Rondeau quando a PF prendeu durante a Operação Navalha Ivo Almeida Costa. Ele era assessor especial do gabinete do ministro.
A PF recolheu fitas gravadas por câmeras do serviço de segurança do Ministério de Minas e Energia. As imagens mostram uma funcionária da Gautama, Fátima Palmeira, entrando no ministério pelo elevador privativo no dia 13 de março. Ela carrega um envelope de cor parda, no qual a PF acredita que estavam R$ 100 mil.
Diretora financeira da Gautama, Palmeira se dirige até o andar do gabinete de Silas Rondeau. Lá, encontra-se com o assessor do ministro.
Antes de oficializar sua saída, Rondeau esteve reunido ontem à tarde com Lula. O encontro foi interrompido para Lula se encontrar com representantes da Fetraf e com o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social).
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