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24/05/2007 - 08h57

Ex-governador do SE diz que sofre represália por ser contrário à transposição

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KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza

O ex-governador de Sergipe João Alves Filho (DEM) divulgou uma nota ontem para se defender das acusações de envolvimento no esquema de fraudes em licitações e obras públicas liderado pela construtora Gautama, descoberto pela Polícia Federal na Operação Navalha. Na semana passada, foi preso João Alves Neto, filho do ex-governador.

Em sua defesa, Alves Filho atacou o governo federal, do qual disse que tem recebido "duras represálias" por atuar contra a transposição de águas do rio São Francisco.

"O povo de Sergipe sabe que nunca me omiti na defesa do meu querido Estado, mesmo afrontando poderosos interesses políticos e econômicos, como é o caso da liderança política da luta contra a transposição do rio São Francisco, impedindo há oito anos o começo das obras. Essa postura, como é do conhecimento público, tem provocado duras represálias do governo federal", diz a nota.

O ex-governador também reclamou da forma como foi feita a operação da PF. "No caso específico do meu filho, João Alves Neto, asseguro que bastaria uma simples convocação e ele estaria à disposição, sem a necessidade de tantos constrangimentos, a ele e à nossa família", afirma.

Pelas investigações da PF, o filho do ex-governador teria recebido propina em troca de facilitar a liberação de recursos para a duplicação da adutora do São Francisco, obra iniciada pela empresa Gautama em 2001, na gestão de Albano Franco (PSDB), e que teve diversas irregularidades apontadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) durante sua execução. A obra foi inaugurada em 2006 por Alves Filho.

"A construtora Gautama participou de várias concorrências durante o meu governo. Simplesmente não ganhou nenhuma. Esta é a maior prova de que não existiu favorecimento do meu governo a essa empresa", afirma o ex-governador na nota.

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