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02/05/2004
-
12h51
LEONARDO MEDEIROS
da Folha Online
Entre a descoberta de uma substância e o desenvolvimento de um novo medicamento para humanos, está um longo processo regido por normas específicas para cada caso. Em geral, ratos e camundongos estão no início da pesquisa.
É o que explica Terezinha Andreoli Pinto, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (Universidade de São Paulo).
De acordo com a especialista, o estudo dos efeitos de uma substância se inicia com, pelo menos, três espécies diferentes de roedores.
Depois, é necessário testar a droga em uma espécie de não-roedores e, dependendo de certos mecanismos de ação do medicamento, ainda é preciso utilizar outras espécies adicionais, às vezes, simplesmente para checar um metabolismo específico.
Quanto ao tempo, depende do conhecimento que se tem do princípio ativo. "Se for uma substância nova, é necessário fazer um estudo crônico, ou seja, analisar os possíveis efeitos nocivos na população a longo prazo", afirma. "Isso significa muitos anos de estudo."
Segundo a pesquisadora, já existem modelos de experimentos in vitro --sem a utilização de animais-- usados em testes de segurança de produtos previamente desenvolvidos.
Porém, de acordo com a especialista, "a ciência não considera possível isentar totalmente os animais para o desenvolvimento de novas drogas".
"Quando trabalhamos com células in vitro, há determinadas alterações fisiológicas que não são possíveis de detectar, a não ser em organismos complexos", conclui.
Leia mais
Animais desprezados, ratos ajudam a melhorar saúde humana
"Tira-teima" mostra que resultados em roedores chegam até humanos
Entenda o processo de desenvolvimento de uma nova droga
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da Folha Online
Entre a descoberta de uma substância e o desenvolvimento de um novo medicamento para humanos, está um longo processo regido por normas específicas para cada caso. Em geral, ratos e camundongos estão no início da pesquisa.
É o que explica Terezinha Andreoli Pinto, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (Universidade de São Paulo).
De acordo com a especialista, o estudo dos efeitos de uma substância se inicia com, pelo menos, três espécies diferentes de roedores.
Depois, é necessário testar a droga em uma espécie de não-roedores e, dependendo de certos mecanismos de ação do medicamento, ainda é preciso utilizar outras espécies adicionais, às vezes, simplesmente para checar um metabolismo específico.
Quanto ao tempo, depende do conhecimento que se tem do princípio ativo. "Se for uma substância nova, é necessário fazer um estudo crônico, ou seja, analisar os possíveis efeitos nocivos na população a longo prazo", afirma. "Isso significa muitos anos de estudo."
Segundo a pesquisadora, já existem modelos de experimentos in vitro --sem a utilização de animais-- usados em testes de segurança de produtos previamente desenvolvidos.
Porém, de acordo com a especialista, "a ciência não considera possível isentar totalmente os animais para o desenvolvimento de novas drogas".
"Quando trabalhamos com células in vitro, há determinadas alterações fisiológicas que não são possíveis de detectar, a não ser em organismos complexos", conclui.
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