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27/07/2005
-
09h29
SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo
Cerca de mil anos atrás, um impacto violentíssimo teve lugar num sistema planetário não muito longe daqui. Agora, astrônomos auxiliados pelos observatórios Gemini Norte e Keck, ambos no Havaí, descobriram os destroços desse massacre. O achado pode ajudar a entender como planetas se formam e evoluem Universo afora. Pode também, quem sabe, indicar o nascimento de um par parecido com a Terra e a Lua.
É a primeira vez que se observa um disco como esse --um indicativo forte de que pelo menos a matéria-prima de que são feitos planetas terrestres está disponível na órbita certa em outras estrelas.
O disco está mais ou menos na posição equivalente à da órbita da Terra, mas ao redor de uma estrela na constelação de Áries, identificada pelo código BD+20 307. Vários outros discos parecidos já foram vistos em outras estrelas antes, mas bem mais longe do astro central, na região equivalente à do cinturão de Kuiper, reservatório de cometas postado além da órbita de Netuno.
A estrela estudada é um astro relativamente jovem, com cerca de 300 milhões de anos. Apesar disso, se planetas surgiram ao seu redor, já estão todos prontos.
O disco que os astrônomos liderados por Inseok Song, do Observatório Gemini, viram é, portanto, o resultado de alguma colisão posterior à formação dos planetas locais. Pelo tipo de poeira observada, os astrônomos imaginam que ele deve ser resultado de um evento violento de impacto que ocorreu pouco tempo atrás --mil anos, eles estimam.
Os cientistas também acham que o disco é sinal de um planeta terrestre naquela região. "A composição e quantidade de poeira poderiam ser explicadas por colisões recentes e freqüentes entre asteróides cujas órbitas estão sendo perturbadas por um planeta próximo", escreveram, em artigo na última edição da revista científica "Nature" (www.nature.com).
"A quantidade de poeira quente perto de BD+20 307 é tão sem precedentes que eu não ficaria surpreso se tivesse sido o resultado de uma colisão maciça entre objetos do tamanho de planetas. Por exemplo, uma colisão como a que muitos cientistas acreditam que tenha formado a Lua", disse Benjamin Zuckerman, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, um dos autores.
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Cerca de mil anos atrás, um impacto violentíssimo teve lugar num sistema planetário não muito longe daqui. Agora, astrônomos auxiliados pelos observatórios Gemini Norte e Keck, ambos no Havaí, descobriram os destroços desse massacre. O achado pode ajudar a entender como planetas se formam e evoluem Universo afora. Pode também, quem sabe, indicar o nascimento de um par parecido com a Terra e a Lua.
É a primeira vez que se observa um disco como esse --um indicativo forte de que pelo menos a matéria-prima de que são feitos planetas terrestres está disponível na órbita certa em outras estrelas.
O disco está mais ou menos na posição equivalente à da órbita da Terra, mas ao redor de uma estrela na constelação de Áries, identificada pelo código BD+20 307. Vários outros discos parecidos já foram vistos em outras estrelas antes, mas bem mais longe do astro central, na região equivalente à do cinturão de Kuiper, reservatório de cometas postado além da órbita de Netuno.
A estrela estudada é um astro relativamente jovem, com cerca de 300 milhões de anos. Apesar disso, se planetas surgiram ao seu redor, já estão todos prontos.
O disco que os astrônomos liderados por Inseok Song, do Observatório Gemini, viram é, portanto, o resultado de alguma colisão posterior à formação dos planetas locais. Pelo tipo de poeira observada, os astrônomos imaginam que ele deve ser resultado de um evento violento de impacto que ocorreu pouco tempo atrás --mil anos, eles estimam.
Os cientistas também acham que o disco é sinal de um planeta terrestre naquela região. "A composição e quantidade de poeira poderiam ser explicadas por colisões recentes e freqüentes entre asteróides cujas órbitas estão sendo perturbadas por um planeta próximo", escreveram, em artigo na última edição da revista científica "Nature" (www.nature.com).
"A quantidade de poeira quente perto de BD+20 307 é tão sem precedentes que eu não ficaria surpreso se tivesse sido o resultado de uma colisão maciça entre objetos do tamanho de planetas. Por exemplo, uma colisão como a que muitos cientistas acreditam que tenha formado a Lua", disse Benjamin Zuckerman, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, um dos autores.
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