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25/08/2005
-
09h49
CLAUDIO ANGELO
da Folha de S.Paulo
Pela primeira vez na história, o governo federal vai adiantar a divulgação dos dados de desmatamento na Amazônia. Os números de 2005 serão apresentados nesta sexta-feira pelos ministérios do Meio Ambiente e da Casa Civil. E indicam queda em relação a 2004.
O primeiro indício veio em julho, quando uma análise do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), uma ONG de pesquisas em Belém, mostravam uma queda, no mês de junho, de 95% em relação a junho de 2004.
Os novos números foram calculados com base no Deter, sistema de detecção em tempo real do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), e abrangem o período de agosto de 2004 a julho de 2005. Segundo o pesquisador do Imazon Adalberto Veríssimo, a queda final não é tão grande quanto o estimado antes, mas ainda assim é uma boa notícia.
"Isso mostra que o governo tem a capacidade de reduzir a taxa, se quiser", afirmou Veríssimo à Folha. Entre as causas da queda ele aponta ações contra a grilagem de terras, especialmente a Operação Faroeste, em janeiro no Pará, a criação de Unidades de Conservação na Terra do Meio, a morte da freira Dorothy Stang, que levou o Exército à região da Transamazônica, e a Operação Curupira, que enfraqueceu a extração ilegal de madeira em Mato Grosso.
A divulgação precoce dos dados --que, normalmente, só seriam liberados em março ou abril do ano que vem-- vem a calhar politicamente, mostrando um resultado positivo do governo no meio da crise atual. Ela indicaria que o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento, iniciado com atraso em 2004, está gerando resultado. Não é a visão dos ambientalistas. Em carta enviada no dia 15 à ministra Dilma Roussef, da Casa Civil --que coordena o plano--, 20 entidades dizem que o plano é implementado "de forma limitada e parcial".
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da Folha de S.Paulo
Pela primeira vez na história, o governo federal vai adiantar a divulgação dos dados de desmatamento na Amazônia. Os números de 2005 serão apresentados nesta sexta-feira pelos ministérios do Meio Ambiente e da Casa Civil. E indicam queda em relação a 2004.
O primeiro indício veio em julho, quando uma análise do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), uma ONG de pesquisas em Belém, mostravam uma queda, no mês de junho, de 95% em relação a junho de 2004.
Os novos números foram calculados com base no Deter, sistema de detecção em tempo real do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), e abrangem o período de agosto de 2004 a julho de 2005. Segundo o pesquisador do Imazon Adalberto Veríssimo, a queda final não é tão grande quanto o estimado antes, mas ainda assim é uma boa notícia.
"Isso mostra que o governo tem a capacidade de reduzir a taxa, se quiser", afirmou Veríssimo à Folha. Entre as causas da queda ele aponta ações contra a grilagem de terras, especialmente a Operação Faroeste, em janeiro no Pará, a criação de Unidades de Conservação na Terra do Meio, a morte da freira Dorothy Stang, que levou o Exército à região da Transamazônica, e a Operação Curupira, que enfraqueceu a extração ilegal de madeira em Mato Grosso.
A divulgação precoce dos dados --que, normalmente, só seriam liberados em março ou abril do ano que vem-- vem a calhar politicamente, mostrando um resultado positivo do governo no meio da crise atual. Ela indicaria que o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento, iniciado com atraso em 2004, está gerando resultado. Não é a visão dos ambientalistas. Em carta enviada no dia 15 à ministra Dilma Roussef, da Casa Civil --que coordena o plano--, 20 entidades dizem que o plano é implementado "de forma limitada e parcial".
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