Publicidade
Publicidade
Gene da obesidade também está ligado ao mal de Alzheimer
Publicidade
da Reuters, em Chicago
Uma variante de um gene da obesidade presente em mais de um terço da população norte-americana também reduz o volume do cérebro, aumentando o risco relacionado ao mal de Alzheimer, disseram pesquisadores dos EUA.
Pessoas com uma variante específica do gene chamado FTO (o gene da massa corporal e da obesidade) possuem déficits cerebrais que as tornam mais vulneráveis ao mal de Alzheimer, que provoca uma espécie de demência senil.
"O resultado básico é que esse gene tão prevalente não só aumenta uma polegada na sua cintura como também faz o seu cérebro parecer 16 anos mais velho", disse Paul Thompson, professor de neurologia da Universidade da Califórnia, Los Angeles, que participou do estudo, publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
Todo cérebro encolhe com a idade. O estudo comparou tomografias cerebrais de mais de 2.000 pessoas e encontrou consistentemente menos tecido nos cérebros das pessoas que tinham a versão "errada" do FTO.
Em comparação a um grupo de controle, pessoas com essa variante genética tinham em média 8% menos tecido no lóbulo frontal - o "centro de comando" do cérebro - e 12% menos nos lóbulos occipitais, a parte do cérebro que processa a visão e outros sentidos.
Thompson diz que um cérebro menos volumoso representa uma menor "reserva" para compensar a perda cognitiva caso se formem placas cerebrais associadas ao mal de Alzheimer. Um derrame também pode reduzir o tecido cerebral, esgotando as reservas do cérebro.
O risco cerebral torna ainda mais importante para os portadores do gene FTO que tenham dietas equilibradas e façam exercícios regularmente.
Um estudo de 2008 com seguidores da seita amish que tinham a variante de risco do gene FTO, mas eram fisicamente ativas, mostrou que essas pessoas tinham um peso semelhante ao dos não-portadores do gene, sugerindo que a atividade física pode compensar uma eventual pré-disposição genética à obesidade.
Pessoas com duas cópias da variante do FTO pesavam em média 3 kg a mais e tinham cerca de 70 por cento mais propensão a serem obesas do que pessoas sem esse gene.
"Em todo o turbilhão de atividades que você faz, o exercício e a dieta com poucas gorduras estão genuinamente salvando seu cérebro de um derrame e do Alzheimer", disse Thompson.
Não há cura para o mal de Alzheimer, a forma mais comum de demência, que afeta 26 milhões de pacientes no mundo. Existem tratamentos para alguns sintomas, mas sem conter o avanço da doença - razão pela qual muitos cientistas estudam formas de prevenção.
Leia mais
- Variante genética vinculada à longevidade protege contra senilidade, diz estudo
- Estudo explica gene da intoxicação por álcool
- Privação do sono pode desencadear mal de Alzheimer, diz estudo
Outras reportagens de Ciência
- Principal negacionista da relação entre HIV e Aids é investigado por má conduta
- Neblina e chuva obrigam ao adiamento do pouso do ônibus espacial Discovery
- Oceano tem tapete de bactérias do tamanho da Grécia, mostra levantamento
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
- Sons irritantes de mastigação fazem parte do cérebro entrar em parafuso
- Continente perdido há milhões de anos é achado debaixo do Oceano Índico
- Por que é tão difícil definir o que é vida e o que são seres 'vivos'
- Conheça as histórias de mulheres de sucesso na Nasa
+ Comentadas
- Criatura em forma de saco e sem ânus poderia ser antepassado do homem
- Atritos entre governo estadual e Fapesp são antigos, dizem cientistas
+ EnviadasÍndice