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02/06/2003
-
11h59
Os tratamentos do câncer do futuro serão individualizados, elaborados a partir da análise das particularidades genéticas dos tumores do paciente. A chamada "farmacogenômica" foi a atração da 39ª reunião da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês), em Chicago.
"Este novo contexto de pesquisa poderia chegar rapidamente a tratamentos sob medida, baseados no perfil genético específico de um tumor", explicou Frank Haluska, diretor de pesquisas sobre o melanoma no Hospital Geral de Massachusetts. "No final, é provável que trataremos os tumores baseados em suas características genéticas em vez de sua localização."
Algumas pesquisas apresentadas ontem exemplificam o uso da farmacogenômica. Na primeira, os autores constataram que certos marcadores genéticos poderiam prever, em 75% dos casos, se a quimioterapia seria ou não efetiva em pacientes com câncer de mama em estágio inicial.
"Hoje, não somos capazes de prever, no momento do diagnóstico, que pacientes apresentariam uma resposta patológica completa a um regime específico de quimioterapia", explicou o autor do estudo, Lajos Pusztau, do Centro de Câncer M.D. Anderson em Houston (Texas). "Se nossos resultados forem confirmados, poderíamos ser capazes de escolher a melhor quimioterapia para os pacientes, baseados em um perfil de expressão genética de seus tumores."
No segundo estudo, os médicos Federico Innocenti e Mark Ratain, da Universidade de Chicago, afirmaram que particularidades genéticas podem evitar o uso incorreto de certos medicamentos no tratamento do câncer de colo.
Outro trabalho mostrou que variações genéticas na capacidade de um paciente reparar os danos sofridos pelas células ajudariam a prever a taxa de sobrevida de pessoas tratadas por quimioterapia clássica por causa de um câncer de pulmão.
"Esperamos que este tipo de pesquisa permita um dia que médicos e pacientes tomem decisões mais fundamentadas sobre os tratamentos", afirmou o autor do estudo, Sarada Gurubhagavatula, do Hospital Geral de Massachusetts.
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Pesquisas focam particularidades genéticas para tratar câncer
da France Presse, em ChicagoOs tratamentos do câncer do futuro serão individualizados, elaborados a partir da análise das particularidades genéticas dos tumores do paciente. A chamada "farmacogenômica" foi a atração da 39ª reunião da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês), em Chicago.
"Este novo contexto de pesquisa poderia chegar rapidamente a tratamentos sob medida, baseados no perfil genético específico de um tumor", explicou Frank Haluska, diretor de pesquisas sobre o melanoma no Hospital Geral de Massachusetts. "No final, é provável que trataremos os tumores baseados em suas características genéticas em vez de sua localização."
Algumas pesquisas apresentadas ontem exemplificam o uso da farmacogenômica. Na primeira, os autores constataram que certos marcadores genéticos poderiam prever, em 75% dos casos, se a quimioterapia seria ou não efetiva em pacientes com câncer de mama em estágio inicial.
"Hoje, não somos capazes de prever, no momento do diagnóstico, que pacientes apresentariam uma resposta patológica completa a um regime específico de quimioterapia", explicou o autor do estudo, Lajos Pusztau, do Centro de Câncer M.D. Anderson em Houston (Texas). "Se nossos resultados forem confirmados, poderíamos ser capazes de escolher a melhor quimioterapia para os pacientes, baseados em um perfil de expressão genética de seus tumores."
No segundo estudo, os médicos Federico Innocenti e Mark Ratain, da Universidade de Chicago, afirmaram que particularidades genéticas podem evitar o uso incorreto de certos medicamentos no tratamento do câncer de colo.
Outro trabalho mostrou que variações genéticas na capacidade de um paciente reparar os danos sofridos pelas células ajudariam a prever a taxa de sobrevida de pessoas tratadas por quimioterapia clássica por causa de um câncer de pulmão.
"Esperamos que este tipo de pesquisa permita um dia que médicos e pacientes tomem decisões mais fundamentadas sobre os tratamentos", afirmou o autor do estudo, Sarada Gurubhagavatula, do Hospital Geral de Massachusetts.
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