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23/08/2003
-
17h59
Exames de DNA vão ser usados na identificação de algumas vítimas da explosão do foguete brasileiro, ocorrida ontem na plataforma de lançamento da base de Alcântara (MA), informa o diretor do IML (Instituto Médico Legal) de São Luís, Wanderley Silva.
Hoje, o governo divulgou a lista com os nomes dos 21 mortos. Eles eram funcionários do CTA (Centro Técnico Aeroespacial), em São José dos Campos (SP). Trabalhavam como engenheiros e técnicos. As equipes de resgate já encontraram 16 corpos.
Também foram divulgadas pela Aeronáutica as três primeiras imagens do acidente, o mais grave da história do programa espacial brasileiro.
As vítimas estavam na plataforma fazendo a manutenção do foguete, cujo lançamento estava previsto para a próxima segunda-feira. Após a explosão, a temperatura ficou tão elevada que os corpos dos funcionários, carbonizados, se fundiram ao aço da torre.
Risco de nova explosão
Ainda há risco de explosão no local, segundo o ministro da Defesa, José Viegas, devido à presença de "elementos propelentes, combustível que não tenham completado o processo de ignição".
A torre de onde seria lançado o foguete se encontra instável e pode ruir, afirmou Viegas. Foram consideradas remotas as possibilidades de sabotagem e falha humana como causas da tragédia.
Os trabalhos de resgate na base de Alcântara recomeçaram na manhã deste sábado. A alta temperatura dificulta a ação das equipes. A segurança no local foi reforçada. Está proibida a entrada de qualquer pessoa, inclusive os parentes das vítimas. Os militares e as poucas pessoas autorizadas a entrar têm de ser revistados.
Segundo o diretor do IML, os exames de DNA da arcada dentária vão ser realizados em São José dos Campos. Depois de passar por perícia, os corpos serão embalsamados e entregues às famílias. Até a próxima terça-feira, todos os corpos devem ser transferidos para São Paulo.
O diretor do IML afirma que o laudo e o atestado de óbito serão emitidos depois da identificação "feita com critério de certeza". No IML, na capital maranhense, os funcionários continuam de plantão. Um esquema de trabalho extra foi montado para receber os corpos das vítimas.
Acidente
O terceiro protótipo do foguete, chamado de VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites), explodiu ontem por volta das 13h30. Ainda não se conhecem as causas do acidente. O governo começou a investigar e deve concluir um relatório em 30 dias. Segundo o ministro da Defesa, José Viegas, a causa mais provável seria uma falha nos sistemas de ignição do veículo.
Seria a terceira tentativa de lançar o VLS-1. As anteriores ocorreram em 1997 e 1999, quando o foguete, de 19 metros, explodiu no ar, mas não causou mortes. O valor de cada lançamento é estimado em US$ 6,5 milhões.
O desenvolvimento do VLS-1 como um lançador de satélites é a principal peça que falta para a Missão Espacial Completa Brasileira, cujo objetivo final é a criação e o lançamento de satélites brasileiros por foguetes feitos no país.
Com Agência Brasil
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Exame de DNA vai identificar vítimas da explosão do foguete
da Folha OnlineExames de DNA vão ser usados na identificação de algumas vítimas da explosão do foguete brasileiro, ocorrida ontem na plataforma de lançamento da base de Alcântara (MA), informa o diretor do IML (Instituto Médico Legal) de São Luís, Wanderley Silva.
Hoje, o governo divulgou a lista com os nomes dos 21 mortos. Eles eram funcionários do CTA (Centro Técnico Aeroespacial), em São José dos Campos (SP). Trabalhavam como engenheiros e técnicos. As equipes de resgate já encontraram 16 corpos.
Também foram divulgadas pela Aeronáutica as três primeiras imagens do acidente, o mais grave da história do programa espacial brasileiro.
As vítimas estavam na plataforma fazendo a manutenção do foguete, cujo lançamento estava previsto para a próxima segunda-feira. Após a explosão, a temperatura ficou tão elevada que os corpos dos funcionários, carbonizados, se fundiram ao aço da torre.
A. Bugge/Reuters Base de Alcântara, no Maranhão |
Ainda há risco de explosão no local, segundo o ministro da Defesa, José Viegas, devido à presença de "elementos propelentes, combustível que não tenham completado o processo de ignição".
A torre de onde seria lançado o foguete se encontra instável e pode ruir, afirmou Viegas. Foram consideradas remotas as possibilidades de sabotagem e falha humana como causas da tragédia.
Os trabalhos de resgate na base de Alcântara recomeçaram na manhã deste sábado. A alta temperatura dificulta a ação das equipes. A segurança no local foi reforçada. Está proibida a entrada de qualquer pessoa, inclusive os parentes das vítimas. Os militares e as poucas pessoas autorizadas a entrar têm de ser revistados.
Segundo o diretor do IML, os exames de DNA da arcada dentária vão ser realizados em São José dos Campos. Depois de passar por perícia, os corpos serão embalsamados e entregues às famílias. Até a próxima terça-feira, todos os corpos devem ser transferidos para São Paulo.
O diretor do IML afirma que o laudo e o atestado de óbito serão emitidos depois da identificação "feita com critério de certeza". No IML, na capital maranhense, os funcionários continuam de plantão. Um esquema de trabalho extra foi montado para receber os corpos das vítimas.
Acidente
O terceiro protótipo do foguete, chamado de VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites), explodiu ontem por volta das 13h30. Ainda não se conhecem as causas do acidente. O governo começou a investigar e deve concluir um relatório em 30 dias. Segundo o ministro da Defesa, José Viegas, a causa mais provável seria uma falha nos sistemas de ignição do veículo.
Seria a terceira tentativa de lançar o VLS-1. As anteriores ocorreram em 1997 e 1999, quando o foguete, de 19 metros, explodiu no ar, mas não causou mortes. O valor de cada lançamento é estimado em US$ 6,5 milhões.
O desenvolvimento do VLS-1 como um lançador de satélites é a principal peça que falta para a Missão Espacial Completa Brasileira, cujo objetivo final é a criação e o lançamento de satélites brasileiros por foguetes feitos no país.
Com Agência Brasil
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