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Tristeza

Velório da mãe de Oliveira, Leopoldina Cândida de Mendonça

Velório de Antônio Henrique Dias, 32, cunhado de Oliveira
  Delegado conclui inquérito de crimes de Arcos e diz que houve premeditação

Hoje em Dia
O aposentado Otávio Rodrigues de Oliveira, que segura a arma, participa da reconstituição dos assassinatos em Minas
RANIER BRAGON
da Agência Folha, em Belo Horizonte

O delegado João Pedro de Rezende _que apura os cinco assassinatos cometidos no último dia 31 pelo aposentado Otávio Rodrigues de Oliveira, 38, em Arcos (MG), disse que vai indiciar Oliveira por homicídio quíntuplo qualificado e tentativa de homicídio, com agravantes de premeditação e cárcere privado.

Nesta terça-feira (08) foi realizada a reconstituição dos crimes daquela segunda-feira, quando o aposentado matou com 12 tiros a mãe, o irmão, a ex-mulher, a ex-sogra e o ex-cunhado, além de ter ferido com um tiro outro ex-cunhado.

Após os crimes, o aposentado manteve três filhos, de 14, 12 e 10 anos, como reféns por dez horas, ameaçando explodir a casa com seis botijões de gás.

Cerca de 70 policias civis e militares participaram da reconstituição, que durou duas horas e meia e foi acompanhada por dezenas de moradores da cidade. Não houve tentativa de linchamento. Apenas algumas pessoas gritaram a palavra "assassino", quando viram Oliveira.

De acordo com o delegado -que ouviu hoje também o depoimento do ex-cunhado ferido por Oliveira, Daniel Fernandes Dias, 23- a premeditação ficou caracterizada pelo fato de o aposentado ter comprado com antecedência a arma do crime e os botijões de gás.

Hoje em Dia
Os filhos de Oliveira, da esquerda para a direita: Angélica, 10, Gregori, 14, Renatha, 12, e Suzana, 17
Em depoimento prestado ontem, Oliveira negou que tenha premeditado os assassinatos e disse que agiu por "impulso".

No dia dos crimes, ele tomou uma mistura de guaraná, raticida e agrotóxico, tendo entrado em estado de coma logo em seguida.

Dois dias depois, Oliveira saiu do coma e falou informalmente com a polícia e com a imprensa, dizendo que cometeu os crimes por causa de disputas familiares que tinha com a família da ex-mulher assassinada em torno da guarda dos filhos do casal.

O aposentado disse ainda que só se arrependia de ter matado "acidentalmente" a mãe, Leopoldina Cândida de Mendonça, 82, e confessou que pretendia assassinar dez no dia dos crimes.

Oliveira aguardará o julgamento, por enquanto, na delegacia de Formiga, a 30 quilômetros de Arcos, em uma cela que tem capacidade para seis presos, mas que abriga, atualmente, 12. Ele pode pegar de 12 a 30 anos de cadeia para cada um dos homicídios, caso seja condenado.


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    Tensão

     
    Policial durante operação em Arcos (MG)

    José Rodrigues Oliveira, que foi morto pelo irmão com seis tiros

    A mãe de Otávio Rodrigues de Oliveira, Leopoldina Cândida de Mendonça, 82, que foi assassinada pelo filho