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17/11/2004 - 08h52

Prefeitura afasta professora que deixou menino horas atrás de porta

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da Folha Online

A Secretaria Municipal de Educação de Nova Odessa (126 km de SP) afastou a professora acusada de deixar um menino de sete anos de castigo, por mais de quatro horas, atrás da porta da sala de aula. O garoto foi esquecido no local até ser encontrado pela mãe, com o término das aulas.

Segundo a secretaria, a professora ficará afastada por 30 dias até a conclusão de uma sindicância para apurar o caso. Apesar do afastamento, ela continuará recebendo o salário.

O estudante, da escola municipal de educação fundamental Saline Abdo, na periferia do município, foi punido, na última sexta-feira, porque esqueceu de devolver um livro emprestado da biblioteca.

O menino foi punido ao voltar do recreio, às 15h, quando a professora recolheu os livros que haviam sido pegos pelos alunos na semana anterior. O garoto foi colocado de castigo.

A mãe do menino percebeu que ele não chegava em casa e passou a procurá-lo. Uma vizinha afirmou que o estudante não havia saído da escola com os outros colegas. O menino foi encontrado às 19h20.

Segundo a mãe do estudante, ele costuma ficar de castigo em casa e só sai quando mandam. Ela registrou o caso na polícia.

Veja nota divulgada pela secretaria sobre o caso:

"Em relação ao fato ocorrido na última sexta-feira, dia 12, envolvendo um aluno, de sete anos, matriculado na 1ª série da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Salime Abdo, localizada no Jardim Alvorada, a administração esclarece que:

- Assim que tomou conhecimento do fato, a Prefeitura de Nova Odessa, através do coordenador de ensino Assis das Neves Grilo e da diretora do setor de ensino fundamental, Bárbara Chacur Rodrigues, adotou providências imediatas.

- Os pais do aluno envolvido na questão foram acompanhados pelos representantes da administração, na ocasião da elaboração do boletim de ocorrência junto à delegacia local.

- Hoje (16 de novembro), primeiro dia útil após o fato, a professora responsável pela criança foi afastada pelo período de 30 dias para instauração de sindicância interna que irá apurar todos os fatos.

- Já foi colocado à disposição da família todo apoio psico-pedagógico que a criança necessitar.

- O puro e simples ato de castigo, além de contrariar o Estatuto da Criança e do Adolescente, não é, sob nenhuma hipótese, norma pedagógica adotada pelo sistema educacional municipal.

- Cabe esclarecer, que diferente do que parte da imprensa noticiou, a escola Salime Abdo não estava fechada, uma vez que a unidade sediava uma reunião técnica da Caixa Econômica Federal, concluída só às 20h30. A permanência do aluno na escola, além do período de aula, não ultrapassou 50 minutos".

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