Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/11/2004 - 23h58

Porto cobra responsabilidades sobre o acidente com navio no PR

Publicidade

da Folha Online

O superintendente da Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), Eduardo Requião, quer que todos os órgãos ligados ao meio ambiente apurem as responsabilidades sobre a explosão do navio chileno Vicuña para que não haja impunidade. O acidente ocorreu na última segunda-feira em Paranaguá (PR).

O derramamento de metanol e de óleo combustível causaram danos ao ambiente. A mancha de óleo, que ainda se espalha, já atingiu áreas protegidas como manguezais, o Parque Nacional Superagüi e a Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba.

Quatro botos e duas tartarugas já foram encontrados mortos por técnicos do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do Centro de Estudos do Mar, da Universidade Federal do Paraná, que montaram um centro de captura de animais.

De acordo com o presidente do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), Rasca Rodrigues, a estrutura disponibilizada no momento do acidente para conter o óleo e o metanol foi insuficiente. "O material usado agora é que deveria estar sendo utilizado na ocasião", afirmou.

Danos

Os cerca de 3.500 pescadores de Paranaguá estão impedidos de trabalhar por causa do vazamento de óleo no mar.

A Defesa Civil já cadastrou cerca de 700 famílias, a maioria pescadores, atingidas direta ou indiretamente pelo acidente, segundo o governo do Estado. "Todas elas serão ressarcidas pelos danos que tiveram assim que os responsáveis forem apontados", disse nesta quinta-feira o chefe da Defesa Civil no Paraná, capitão Maurício Genero.

Os pescadores receberão do governo um salário mínimo por mês como garantia de sobrevivência. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo ministro José Fritsch (Secretaria Especial da Pesca).

Acidente

O Vicuña descarregava em Paranaguá 14,26 milhões de litros de metanol quando explodiu. Foram duas explosões entre 19h30 e 20h de segunda-feira. As causas são desconhecidas.

O acidente ocorreu quando já tinham sido bombeados para os tanques de solo da empresa Cattalini Terminais Marítimos cerca de 9 milhões de litros de metanol.

Morreram nas explosões o tripulante José Obreque Manzo, 35, e o passageiro José Carlos Sepulveda Adriasola, 51 (que representava o armador). Estão desaparecidos o tripulante Ronald Francisco Pena Rios e o segundo passageiro, Alfredo Omar Vidal (representante de uma empresa classificadora).

O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina reafirmou nesta quinta-feira que o porto não tem qualquer responsabilidade sobre o acidente.

"Estamos preocupados com o meio ambiente e com as pessoas que foram prejudicadas direta e indiretamente", disse.

Leia mais
  • Pescadores de Paranaguá receberão salário mínimo, diz ministro
  • Corpos de dois tripulantes mortos em explosão são encontrados no PR
  • Navio carregado de metanol explode e afunda no porto de Paranaguá

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre acidentes de navio
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página