Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/01/2005 - 11h03

Corpo de dentista morto no Aconcágua chega à noite ao Brasil

Publicidade

da Folha Online

O corpo do dentista Eduardo Silva, 40, que morreu durante descida do pico do Aconcágua, na Argentina, deve chegar ao Brasil na noite desta terça-feira. A previsão é de que ele seja colocado no vôo 8903 da Varig, que deverá pousar no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), às 19h.

Silva e a mulher, Rita Bragatto, 34, perderam os sentidos na última sexta-feira, depois de chegarem ao topo da montanha. Rita sobreviveu.


Arquivo pessoal
Rita e Silva, que escalaram o monte Aconcágua
O irmão do dentista, Jorge Alvarenga da Silva, que está na Argentina, é quem cuidou dos trâmites legais para o traslado do corpo, que foi levado a Córdoba na segunda-feira.

O casal, de Sorocaba (100 km de São Paulo), alcançou o cume do Aconcágua na noite da última quinta-feira, mas não conseguiu fazer o caminho de volta. Silva e Rita, que estavam sem guia, desceram aproximadamente 200 metros e pararam para descansar, depois de notar sinais de congelamento.

Os dois foram encontrados por um guia norueguês, na sexta-feira, desacordados. No entanto, Silva não reagiu ao socorro. O corpo foi resgatado no domingo. Rita passa bem.

O casal se preparava para a escalada do Aconcágua havia sete meses.

Causas

O horário em que o casal chegou ao cume e a ausência do resgate estão sendo levantados como justificativas para o acidente. Para Vitor Negrete, que escalou o Aconcágua cinco vezes, no entanto, a questão não é simples assim. Ele, junto com Rodrigo Ranieri, foi o primeiro brasileiro a chegar ao topo pela face sul, considerada a mais difícil e perigosa.

"A escalada até o cume do Aconcágua pela via normal, por não apresentar muita dificuldade, pode colocar muitas pessoas menos experientes em situações potencialmente perigosas", afirma.

"O ideal, para os menos experientes, é ir com guias. Os escaladores que optam por subir sozinhos estão assumindo um risco. A chegada é apenas metade do caminho. É preciso ter ainda condições físicas e suprimentos para descida", disse Negrete.

Negrete, que junto com Ranieri trabalha para uma agência que organiza expedições para o Aconcágua, diz que, nas viagens feitas em grupo, o horário planejado para a chegada ao cume é até as 16h, para que a descida comece antes das 17h. Diferentemente da subida, que pode levar até 12 horas, a descida, na pior das hipóteses, demora quatro horas.

Com Folha de S.Paulo

Leia mais
  • Três brasileiros morreram no Aconcágua em 1998
  • Mulher de brasileiro morto no Aconcágua passa bem, diz padrasto
  • Casal decidiu escalar o Aconcágua após viajar à Patagônia

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o monte Aconcágua
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página