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13/01/2005
-
16h58
da Folha Online
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho, designou nesta quinta-feira o promotor Alfonso Presti para acompanhar as investigações sobre tortura na unidade Vila Maria da Febem.
O Ministério Público vê semelhança entre as agressões, que teriam ocorrido na noite da última terça-feira e às 12h de ontem, com casos de tortura registrados em 2002 na então unidade da Febem Parelheiros, que resultou na condenação, em dezembro do ano passado, de 10 dos 14 funcionários acusados. A denúncia à Justiça dos acusados foi oferecida também por Presti.
Ontem, o secretário estadual da Justiça, Alexandre de Moraes, visitou a unidade da Vila Maria e constatou as lesões nos internos.
Presos
A Justiça decretou nesta quinta-feira a prisão temporária de dez dias de 23 funcionários da Vila Maria.
Após a visita do secretário à unidade, funcionários apontados pelos internos foram levados para o 81º DP (Belém). O delegado Enjolras Rello de Araújo, então, solicitou a prisão temporária dos suspeitos. Dezesseis estão presos e outros sete são procurados.
Eles deverão responder por tortura e formação de quadrilha.
Maus-tratos
Pedaços de ferro e madeira foram encontrados em salas de monitores da Vila Maria.
A unidade da Vila Maria abriga 72 adolescentes, o limite da capacidade. O local recebe adolescentes considerados reincidentes graves. No local, trabalham 25 funcionários de pátio no período noturno e outros 50 durante o dia.
Enquanto Moraes supervisionava a Febem da Vila Maria, internos da unidade Tatuapé iniciaram uma rebelião e fizeram 30 funcionários reféns. Eles foram libertados aos poucos.
O motim terminou por volta das 22h. Três jovens e três funcionários sofreram ferimentos leves.
Greve
O sindicato dos funcionários da Febem vai se reunir para discutir as ações da Febem. Eles ameaçam entrar em greve.
Os funcionários vão fazer uma assembléia sobre a possível paralisação na próxima terça-feira, dia 18.
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O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho, designou nesta quinta-feira o promotor Alfonso Presti para acompanhar as investigações sobre tortura na unidade Vila Maria da Febem.
O Ministério Público vê semelhança entre as agressões, que teriam ocorrido na noite da última terça-feira e às 12h de ontem, com casos de tortura registrados em 2002 na então unidade da Febem Parelheiros, que resultou na condenação, em dezembro do ano passado, de 10 dos 14 funcionários acusados. A denúncia à Justiça dos acusados foi oferecida também por Presti.
Divulgação |
Imagem mostra agressão contra interno da Vila Maria |
Ontem, o secretário estadual da Justiça, Alexandre de Moraes, visitou a unidade da Vila Maria e constatou as lesões nos internos.
Presos
A Justiça decretou nesta quinta-feira a prisão temporária de dez dias de 23 funcionários da Vila Maria.
Após a visita do secretário à unidade, funcionários apontados pelos internos foram levados para o 81º DP (Belém). O delegado Enjolras Rello de Araújo, então, solicitou a prisão temporária dos suspeitos. Dezesseis estão presos e outros sete são procurados.
Eles deverão responder por tortura e formação de quadrilha.
Maus-tratos
Pedaços de ferro e madeira foram encontrados em salas de monitores da Vila Maria.
A unidade da Vila Maria abriga 72 adolescentes, o limite da capacidade. O local recebe adolescentes considerados reincidentes graves. No local, trabalham 25 funcionários de pátio no período noturno e outros 50 durante o dia.
Enquanto Moraes supervisionava a Febem da Vila Maria, internos da unidade Tatuapé iniciaram uma rebelião e fizeram 30 funcionários reféns. Eles foram libertados aos poucos.
O motim terminou por volta das 22h. Três jovens e três funcionários sofreram ferimentos leves.
Greve
O sindicato dos funcionários da Febem vai se reunir para discutir as ações da Febem. Eles ameaçam entrar em greve.
Os funcionários vão fazer uma assembléia sobre a possível paralisação na próxima terça-feira, dia 18.
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