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03/02/2005 - 03h48

Novas erosões fazem DNIT considerar interdição de ponte no PR

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DIMITRI DO VALLE
da Agência Folha, em Curitiba

Novos deslizamentos de terra ocorreram na quarta-feira na encosta onde fica parte da ponte que caiu na BR-116, em Campina Grande do Sul (PR). A fenda aumentou em dois metros. A movimentação de terra também provocou erosão no acostamento da pista que passou a absorver o tráfego em mão dupla. As rachaduras se estenderam ao asfalto da estrada, que trincou.

O DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes) estuda interromper o tráfego ou limitá-lo à meia pista se a movimentação de terra continuar ou se voltar a chover forte na região. O órgão informou que a estrutura da ponte não foi abalada pelos deslizamentos.
J.Oliveira/Folha Imagem
Ponte sobre a represa do Capivari, que desabou
Ponte sobre a represa do Capivari, que desabou


No último dia dia 25, a ponte que operava no sentido São Paulo desabou parcialmente matando uma pessoa e deixando outras três feridas. Desde então, a ponte paralela --que operava apenas no sentido Curitiba-- foi convertida em mão dupla.

A previsão do Simepear (Sistema Meteorológico do Paraná) para os próximos dias é de pancadas de chuva na região da ponte. A intensidade esperada é "leve", segundo o meteorologista Marcelo Brauer. O tempo permanecerá nublado no final de semana, mas não deve chover, informou Brauer.

Paciência

O engenheiro Ronaldo Jares, chefe da unidade do DNIT que administra o trecho da BR-116 onde ocorreu o acidente, disse que, "aqueles que não precisam necessariamente transitar pela rodovia, devem procurar rotas alternativas", mesmo com o trecho em operação. A finalidade, segundo ele, é evitar ficar preso num engarrafamento se o trânsito for interrompido nos próximos dias.

Jares disse que a preocupação maior é com o período de Carnaval, na semana que vem. O fluxo de veículos na Régis Bittencourt (BR-116), entre o Paraná e São Paulo, sobe em períodos de feriado de 500 para 800 por hora, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

Questionado se não era o DNIT quem deveria encontrar uma solução, no lugar de pedir aos motoristas para não viajar mais, Jares respondeu que as obras de contenção da encosta atrasaram --deveriam ter começado há três dias-- por causa do transporte e instalação dos equipamentos usados na obra. "Pedimos paciência e compreensão, pois estamos fazendo tudo o que está a nosso alcance."

A encosta de terra irá receber barras de ferro que serão preenchidas com concreto. Cerca de 80 barras serão introduzidas no solo para tentar impedir que a terra continue se movimentando. Geólogos da Universidade Federal do Paraná estão monitorando a movimentação na encosta. "Ainda há muita água no solo, o que deixa a terra mole e em movimento", declarou Jares.

Há registro diário de ocorrência de garoa fina no trecho do acidente, principalmente no período da noite, o que impede a evaporação da água que se encontra no solo.

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