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02/03/2005
-
21h13
da Folha Online
O juiz Pedro Pecy Barbosa de Araújo, 57, acusado de ter matado o vigia José Renato Coelho Rodrigues, 32, em um supermercado de Sobral (CE), recebeu visitas de dois advogados e de ao menos duas mulheres --possivelmente sua mulher e sua filha-- por volta das 12h desta quarta-feira, no quartel do Corpo de Bombeiros onde está preso, em Fortaleza (CE).
Segundo informações da corporação, Araújo --que divide o quarto com outro preso-- recebeu roupas de cama e frutas. O juiz está no quartel, segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, devido à ausência de unidades prisionais que cumpram as determinações do foro privilegiado na região. O quarto possui dois armários e um banheiro.
O advogado Renato Pereira de Lima confirmou que ele e um colega estiveram no local para visitar o acusado, mas recusou-se a afirmar se os familiares os acompanharam. "O TJ [Tribunal de Justiça] ainda não determinou a regulamentação das visitas", disse.
Contrariando as expectativas, o advogado informou ainda não sabe quando irá pedir ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) um habeas corpus em favor de Araújo. "Primeiro, os três advogados vão se reunir para traçar a defesa", disse à Folha Online. Ainda não há data prevista para o depoimento do acusado.
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Ceará deverá acompanhar o andamento do inquérito judicial, o que foi aceito pelo próprio TJ, para evitar suspeitas de proteção e corporativismo.
Crime
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, o desentendimento começou quando a vítima impediu Araújo de entrar no estabelecimento para fazer compras, pois ele já estava fechado. Irritado, o juiz apresentou-se como "autoridade" e, com isso, conseguiu a permissão do gerente da loja para entrar.
Entretanto, a concessão não foi capaz de acalmar Araújo. Ainda segundo a secretaria, ele foi ao seu carro para buscar a arma, voltou à loja, agarrou o vigia pelo pescoço e disparou contra a nuca dele. Em seguida, o juiz fugiu.
Câmeras do circuito interno de vigilância do supermercado captaram as imagens do assassinato. A gravação deve auxiliar na investigação do caso.
O juiz entregou-se por volta do meio-dia de ontem, sob ameaças de linchamento de um grupo de pessoas que acompanhavam a ação.
Vigia
Pai de um menino de 6 anos, Rodrigues --que passara dois anos desempregado-- trabalhava no supermercado havia apenas uma semana e fazia o plantão noturno --das 19h às 7h-- pela terceira vez.
A família dele recusou a ajuda oferecida pela Justiça para custear as despesas do enterro.
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Segundo informações da corporação, Araújo --que divide o quarto com outro preso-- recebeu roupas de cama e frutas. O juiz está no quartel, segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, devido à ausência de unidades prisionais que cumpram as determinações do foro privilegiado na região. O quarto possui dois armários e um banheiro.
O advogado Renato Pereira de Lima confirmou que ele e um colega estiveram no local para visitar o acusado, mas recusou-se a afirmar se os familiares os acompanharam. "O TJ [Tribunal de Justiça] ainda não determinou a regulamentação das visitas", disse.
Contrariando as expectativas, o advogado informou ainda não sabe quando irá pedir ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) um habeas corpus em favor de Araújo. "Primeiro, os três advogados vão se reunir para traçar a defesa", disse à Folha Online. Ainda não há data prevista para o depoimento do acusado.
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Ceará deverá acompanhar o andamento do inquérito judicial, o que foi aceito pelo próprio TJ, para evitar suspeitas de proteção e corporativismo.
Crime
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, o desentendimento começou quando a vítima impediu Araújo de entrar no estabelecimento para fazer compras, pois ele já estava fechado. Irritado, o juiz apresentou-se como "autoridade" e, com isso, conseguiu a permissão do gerente da loja para entrar.
Entretanto, a concessão não foi capaz de acalmar Araújo. Ainda segundo a secretaria, ele foi ao seu carro para buscar a arma, voltou à loja, agarrou o vigia pelo pescoço e disparou contra a nuca dele. Em seguida, o juiz fugiu.
Câmeras do circuito interno de vigilância do supermercado captaram as imagens do assassinato. A gravação deve auxiliar na investigação do caso.
O juiz entregou-se por volta do meio-dia de ontem, sob ameaças de linchamento de um grupo de pessoas que acompanhavam a ação.
Vigia
Pai de um menino de 6 anos, Rodrigues --que passara dois anos desempregado-- trabalhava no supermercado havia apenas uma semana e fazia o plantão noturno --das 19h às 7h-- pela terceira vez.
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