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05/04/2005 - 09h11

Pouco conhecido, parasita é difícil de ser diagnosticado

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da Folha de S.Paulo

A cidade de São Paulo vive surto de uma infecção adquirida pelo consumo de peixe cru (sushi e sashimi), defumado ou mal-cozido. A difilobotríase é transmitida pelo parasita Diphyllobothrium spp. Considerada uma doença "exótica", a verminose causada pelo parasita é de difícil diagnóstico porque o verme não é comum no Brasil. Por causa disso, existe dificuldade de identificá-lo.

Há a possibilidade de o parasita ser confundido com a tênia causada pelo consumo de carne de porco contaminada, que é mais comum no país e muito parecida com a tênia do peixe. Para ter eficácia, o tratamento das pessoas infectadas varia de acordo com o tipo de parasita --do peixe ou do porco.

Segundo Carlos Magno Fortaleza, médico infectologista e diretor do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo, em casos mais graves da doença, quando há uma inflamação intestinal, o diagnóstico também pode sofrer equívocos.

"Pode-se confundir a verminose com apendicite [inflamação do apêndice]. Por isso, é necessário mais atenção nos exames", diz o médico.

As infecções severas podem resultar ainda em obstrução intestinal ou do canal biliar. Mas, em geral, segundo o patologista clínico Jorge Luiz Mello Sampaio, a maioria dos casos pode ser confirmada em um único exame de fezes.

Em razão da dificuldade de identificar o parasita, o diretor da vigilância não soube informar se há registro de casos em outras cidades ou Estados. Ele também não soube dizer sobre a existência de outros casos notificados em São Paulo que estejam aguardando resultados.

Os principais sintomas da infecção são a dor abdominal, flatulências, vômito e diarréia. Em casos mais graves, existe registro de anemias.

Uma vez diagnosticada a verminose, o tratamento é simples, feito com a droga praziquantel, 10 miligramas por quilo, em uma dose única. "Esse medicamento é capaz de matar a tênia com apenas uma dose", afirmou Fortaleza.

As precauções para evitar a contaminação pelo parasita, de acordo com a vigilância epidemiológica, são congelar o salmão a uma temperatura de -18ºC --ou inferior-- por 24 horas antes de consumi-lo cru (em casos de sushi ou sashimi), cozinhar ou assar bem o peixe.

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