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13/04/2005
-
11h35
da Folha Online
A polícia indiciou nesta terça-feira (12), por homicídio qualificado, a filha do analista de sistemas José Eduardo Barcelos Vásquez, 46, assassinado a tiros no domingo (10), no Guará, cidade-satélite de Brasília. Daniele de Almeida Barcelos Vásquez, 20, é acusada de ter encomendado a morte do pai. Além dela, o pai-de-santo José Carlos de Oliveira também está preso sob suspeita de envolvimento no crime.
"Para a polícia, Daniele já é a autora intelectual do crime. E o pai-de-santo José Carlos de Oliveira é suspeito de ser o executor e também de ser autor intelectual em conjunto com ela", disse o delegado João Carlos Lóssio, do 4º Distrito Policial, do Guará.
A vítima foi baleada quando visitava a casa da ex-mulher, Maria Cleusa. Ontem, durante acareação que envolveu sete pessoas e durou três horas e meia, a jovem confessou ter encomendado a morte durante um ritual e classificou o crime como um "presente de aniversário" --ela completou 20 anos na segunda-feira (11).
Segundo a Polícia Civil, o ritual, promovido por Oliveira e pela companheira dele, a mãe-de-santo Jandira Custódio, 39, ocorreu na casa de Daniele, em Taguatinga --onde ela vivia com o namorado, também investigado. A convite da filha, Maria Cleusa também teria participado da sessão.
Dúvidas
A reconstituição do crime deverá ocorrer no próximo domingo, para tentar esclarecer dúvidas a respeito do assassinato.
De acordo com o delegado, com a morte do pai, Daniele receberia um seguro de vida, tentaria vender um imóvel avaliado em R$ 150 mil e dividiria o valor com o pai-de-santo.
Os policiais se baseiam em quatro versões diferentes apresentadas por Daniele e na acareação feita entre as sete pessoas supostamente envolvidas --Daniele, Oliveira, a ex-mulher da vítima e mãe da jovem, Maria Cleusa de Almeida, além de pessoas ligadas a eles e uma testemunha.
Na primeira versão dada à polícia, momentos antes de sua prisão, Daniele chegou a dizer que havia encomendado a morte do pai. Depois, pediu para "esclarecer" e disse que expressou o desejo apenas à entidade espiritual.
Relação conturbada
A relação da família era conturbada. Maria Cleusa de Almeida e José Eduardo estavam separados, mas ainda não divorciados oficialmente.
O mau relacionamento chegou a causar acusações de estelionato, no final de março. Na ocasião, Vasquéz registrou uma ocorrência contra a filha pois ela se apropriou de quatro folhas de cheque pertencentes a ele, falsificou a assinatura dela e os compensou.
Na ocasião, segundo o delegado Lóssio, José Eduardo chamou o pai-de-santo, que acompanhava Daniele à delegacia, de "picareta". Oliveira teria dito "que aquilo não ia ficar desse jeito". José Eduardo, que era analista de sistemas do Banco do Brasil, prometeu então interditar judicialmente a mãe de Daniele e deserdar a filha.
Com Folha de S.Paulo, em Brasília
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A polícia indiciou nesta terça-feira (12), por homicídio qualificado, a filha do analista de sistemas José Eduardo Barcelos Vásquez, 46, assassinado a tiros no domingo (10), no Guará, cidade-satélite de Brasília. Daniele de Almeida Barcelos Vásquez, 20, é acusada de ter encomendado a morte do pai. Além dela, o pai-de-santo José Carlos de Oliveira também está preso sob suspeita de envolvimento no crime.
"Para a polícia, Daniele já é a autora intelectual do crime. E o pai-de-santo José Carlos de Oliveira é suspeito de ser o executor e também de ser autor intelectual em conjunto com ela", disse o delegado João Carlos Lóssio, do 4º Distrito Policial, do Guará.
A vítima foi baleada quando visitava a casa da ex-mulher, Maria Cleusa. Ontem, durante acareação que envolveu sete pessoas e durou três horas e meia, a jovem confessou ter encomendado a morte durante um ritual e classificou o crime como um "presente de aniversário" --ela completou 20 anos na segunda-feira (11).
Segundo a Polícia Civil, o ritual, promovido por Oliveira e pela companheira dele, a mãe-de-santo Jandira Custódio, 39, ocorreu na casa de Daniele, em Taguatinga --onde ela vivia com o namorado, também investigado. A convite da filha, Maria Cleusa também teria participado da sessão.
Dúvidas
A reconstituição do crime deverá ocorrer no próximo domingo, para tentar esclarecer dúvidas a respeito do assassinato.
De acordo com o delegado, com a morte do pai, Daniele receberia um seguro de vida, tentaria vender um imóvel avaliado em R$ 150 mil e dividiria o valor com o pai-de-santo.
Os policiais se baseiam em quatro versões diferentes apresentadas por Daniele e na acareação feita entre as sete pessoas supostamente envolvidas --Daniele, Oliveira, a ex-mulher da vítima e mãe da jovem, Maria Cleusa de Almeida, além de pessoas ligadas a eles e uma testemunha.
Na primeira versão dada à polícia, momentos antes de sua prisão, Daniele chegou a dizer que havia encomendado a morte do pai. Depois, pediu para "esclarecer" e disse que expressou o desejo apenas à entidade espiritual.
Relação conturbada
A relação da família era conturbada. Maria Cleusa de Almeida e José Eduardo estavam separados, mas ainda não divorciados oficialmente.
O mau relacionamento chegou a causar acusações de estelionato, no final de março. Na ocasião, Vasquéz registrou uma ocorrência contra a filha pois ela se apropriou de quatro folhas de cheque pertencentes a ele, falsificou a assinatura dela e os compensou.
Na ocasião, segundo o delegado Lóssio, José Eduardo chamou o pai-de-santo, que acompanhava Daniele à delegacia, de "picareta". Oliveira teria dito "que aquilo não ia ficar desse jeito". José Eduardo, que era analista de sistemas do Banco do Brasil, prometeu então interditar judicialmente a mãe de Daniele e deserdar a filha.
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