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18/04/2005
-
14h46
da Folha Online
Uma manifestação será realizada na tarde desta terça-feira (19) em São Paulo para marcar os oito meses do início dos assassinatos de sete moradores de rua.
O ato será realizado a partir das 14h, nas escadarias da catedral da Sé, coordenado pela Pastoral do Povo da Rua.
"Será feito um manifesto público sobre os oito meses de indignação relembrando o início de uma série de assassinatos e a falta de soluções para o massacre que se iniciou. E enquanto outros assassinatos são solucionados, esses continuam absolutamente iguais", diz padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral.
Após o ato, os manifestantes deverão caminhar até o Ministério Público, na rua Riachuelo, com uma requisição assinada pelo Fórum das Entidades e Pastoral de Rua, questionando o andamento dos inquéritos.
Crimes
As agressões contra os moradores de rua ocorreram nos dias 19 e 22 de agosto. Sete morreram, todos golpeadas na cabeça. Outros oito ficaram feridos.
As suspeitas da polícia de que o massacre tivesse envolvimento com o tráfico de drogas na região central e da disputa por pontos de segurança clandestina não foram confirmadas.
Dois policiais militares e um amigo deles chegaram a ser presos, mas estão soltos há cerca de um mês, segundo a Polícia Civil. Em novembro, o Ministério Público considerou as provas da polícia insuficientes e pediu a liberdade dos suspeitos.
Sobrevivente
Três dos sobreviventes deixaram abrigos municipais, onde por vários meses viveram sob proteção policial, e desapareceram.
Na última quinta-feira à noite, um quarto sobrevivente foi localizado pela Folha, com a ajuda da irmã dele. Estava deitado em uma calçada, embriagado e enrolado em um lençol, nas proximidades do local onde foi agredido enquanto dormia, no ano passado.
Ele havia sido retirado de um abrigo pela irmã em outubro de 2004, mas voltou à rua na terça-feira.
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Uma manifestação será realizada na tarde desta terça-feira (19) em São Paulo para marcar os oito meses do início dos assassinatos de sete moradores de rua.
O ato será realizado a partir das 14h, nas escadarias da catedral da Sé, coordenado pela Pastoral do Povo da Rua.
"Será feito um manifesto público sobre os oito meses de indignação relembrando o início de uma série de assassinatos e a falta de soluções para o massacre que se iniciou. E enquanto outros assassinatos são solucionados, esses continuam absolutamente iguais", diz padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral.
Após o ato, os manifestantes deverão caminhar até o Ministério Público, na rua Riachuelo, com uma requisição assinada pelo Fórum das Entidades e Pastoral de Rua, questionando o andamento dos inquéritos.
Crimes
As agressões contra os moradores de rua ocorreram nos dias 19 e 22 de agosto. Sete morreram, todos golpeadas na cabeça. Outros oito ficaram feridos.
As suspeitas da polícia de que o massacre tivesse envolvimento com o tráfico de drogas na região central e da disputa por pontos de segurança clandestina não foram confirmadas.
Dois policiais militares e um amigo deles chegaram a ser presos, mas estão soltos há cerca de um mês, segundo a Polícia Civil. Em novembro, o Ministério Público considerou as provas da polícia insuficientes e pediu a liberdade dos suspeitos.
Sobrevivente
Três dos sobreviventes deixaram abrigos municipais, onde por vários meses viveram sob proteção policial, e desapareceram.
Na última quinta-feira à noite, um quarto sobrevivente foi localizado pela Folha, com a ajuda da irmã dele. Estava deitado em uma calçada, embriagado e enrolado em um lençol, nas proximidades do local onde foi agredido enquanto dormia, no ano passado.
Ele havia sido retirado de um abrigo pela irmã em outubro de 2004, mas voltou à rua na terça-feira.
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