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11/06/2005 - 10h03

Reféns são liberados após fim da rebelião no CDP da Praia Grande

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da Folha Online

Os presos do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Praia Grande, que iniciaram uma rebelião por volta das 16h de ontem, liberaram no inicio da manhã deste sábado os dois agentes de segurança penitenciária que eram mantidos reféns.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Administração Penitenciária, os presos não fizeram nenhuma exigência. Agora, a polícia fará uma revista nas celas. As visitas dos parentes, que são feitas normalmente aos sábados e domingos, ficarão suspensas por 30 dias.

O motim começou logo depois que Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, o Naldinho, apontado pela polícia como o chefe do tráfico de drogas na Baixada Santista, foi transferido do CDP para outra unidade. Ele havia sido levado para a Praia Grande após ser ameaçado por criminosos.

Embora a secretaria não confirme, a resistência dos presos a Naldinho ocorreu provavelmente por causa da disputa por ponto-de-venda de drogas. O Estado também não confirmou se no CDP existem integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Tráfico

Naldinho foi preso na última segunda-feira, na mesma operação que resultou na prisão do ex-goleiro Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, filho de Pelé.

De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária, a reivindicação dos rebelados ainda não é conhecida. Porém, segundo o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional, eles protestam contra a superlotação.

Com capacidade para 512 homens, o CDP abriga 1.028 atualmente. Uma equipe da secretaria negocia com os rebelados.

Rio de Janeiro

Ontem, a polícia do Rio afirmou que Naldinho era também o principal fornecedor de drogas para facções criminosas no Estado.

Segundo investigações da polícia do Rio, Naldinho fornecia semanalmente cerca de 30 quilos de pasta de cocaína para traficantes da favela da Rocinha (zona sul) --controlada pela ADA (Amigos dos Amigos)-- e para uma favela na zona norte, onde o tráfico seria ligado ao CV (Comando Vermelho). As duas facções são rivais. Em cada localidade, o faturamento da quadrilha seria de aproximadamente R$ 500 mil.

Para a polícia, a droga era transportada em carros de agências de Naldinho, escondida em fundos falsos.

Os policiais chegaram até o nome de Naldinho ao investigar um traficante da Rocinha. Não houve troca de informações com a polícia paulista.

O delegado Túlio Pelosi disse ter informações de outras pessoas envolvidas no caso, entre elas um advogado de São Paulo.

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