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30/06/2005
-
09h50
da Folha de S.Paulo
Um urso de pelúcia que escondia uma pistola e quatro caixas de projéteis foi o argumento apresentado ontem pelo Ministério Público para que Suzane von Richthofen volte à prisão. Ela é acusada de envolvimento no assassinato dos pais, em São Paulo, em 2002.
O urso foi apresentado pelo promotor que acompanha o caso, Roberto Tardelli. Ele afirma ter recebido o bicho de pelúcia em junho de 2004 por Miguel Abdalla, então tutor de Andreas, irmão de Suzane, e tio dos jovens. Andreas já completou 18 anos e não tem mais tutor.
Segundo Tardelli, em uma das visitas de Andreas a Suzane, ela pediu ao irmão que tirasse o urso da casa. Tardelli não soube informar se Andreas sabia que ali existia uma arma, que, segundo o promotor, nunca foi usada. O urso foi entregue a ele com o dorso aberto, onde se via a caixa que guardava a arma e as munições.
Para Tardelli, apesar de não ser uma prova do crime, a arma expõe o perfil da acusada. Diz que não falou do urso antes porque, até então, ninguém havia questionado a legalidade da prisão.
O advogado de Suzane, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, não foi localizado para comentar o fato.
O promotor criticou a decisão do STJ. "Dizer que Suzane não representa risco à sociedade é de uma temeridade, é de uma inconseqüência, é de uma irresponsabilidade que nós não podemos concordar. Se ela não representa risco, então temos que tirar 80% dos presos que estão na cadeia porque eles cometeram crimes menos graves que o dela." Segundo o promotor, "para os pobres há lei, para os ricos, há jurisprudência".
A assessoria do STJ divulgou nota na qual afirma que a decisão seguiu preceitos legais. "A magistratura brasileira não baseia suas decisões nas condições de cada réu, mas naquilo que consta nos processos." Segundo o texto, "é incorreto passar para a sociedade a falsa impressão de que não se respeitou o que consta nos autos".
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Um urso de pelúcia que escondia uma pistola e quatro caixas de projéteis foi o argumento apresentado ontem pelo Ministério Público para que Suzane von Richthofen volte à prisão. Ela é acusada de envolvimento no assassinato dos pais, em São Paulo, em 2002.
A.Porto/ Folha Imagem |
Urso e arma mostrados pela Promotoria |
Segundo Tardelli, em uma das visitas de Andreas a Suzane, ela pediu ao irmão que tirasse o urso da casa. Tardelli não soube informar se Andreas sabia que ali existia uma arma, que, segundo o promotor, nunca foi usada. O urso foi entregue a ele com o dorso aberto, onde se via a caixa que guardava a arma e as munições.
Para Tardelli, apesar de não ser uma prova do crime, a arma expõe o perfil da acusada. Diz que não falou do urso antes porque, até então, ninguém havia questionado a legalidade da prisão.
O advogado de Suzane, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, não foi localizado para comentar o fato.
O promotor criticou a decisão do STJ. "Dizer que Suzane não representa risco à sociedade é de uma temeridade, é de uma inconseqüência, é de uma irresponsabilidade que nós não podemos concordar. Se ela não representa risco, então temos que tirar 80% dos presos que estão na cadeia porque eles cometeram crimes menos graves que o dela." Segundo o promotor, "para os pobres há lei, para os ricos, há jurisprudência".
A assessoria do STJ divulgou nota na qual afirma que a decisão seguiu preceitos legais. "A magistratura brasileira não baseia suas decisões nas condições de cada réu, mas naquilo que consta nos processos." Segundo o texto, "é incorreto passar para a sociedade a falsa impressão de que não se respeitou o que consta nos autos".
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