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30/06/2005 - 18h32

Jornalista fala de avanços e limites na reprodução assistida

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da Folha Online

O maior avanço recente da medicina reprodutiva foi a fertilização in vitro, desenvolvida no final da década de 70. Depois disso, a técnica foi apenas aperfeiçoada. Para a gravidez tardia com óvulos próprios, os avanços da medicina foram muito pequenos, segundo avaliação da jornalista Cláudia Collucci, repórter de saúde do caderno Cotidiano da Folha de S.Paulo, que participou nesta quinta-feira de bate-papo da Folha no UOL.

No bate-papo, a jornalista respondeu a diversas perguntas, em sua maioria dúvidas pessoais dos internautas, sobre os procedimentos de fertilização artificial. Participaram do chat 211 pessoas.

Folha Imagem
A jornalista Cláudia Collucci
A jornalista Cláudia Collucci
Collucci acaba de retornar da Dinamarca, onde participou de um congresso europeu de reprodução humana e embriologia. Segundo ela, as novidades no campo da fertilização para mulheres acima de 40 anos foram poucas.

"Cada vez mais os especialistas estão alertando às mulheres a engravidarem antes dos 40 anos. A partir dessa idade, as chances de gravidez por mês caem para 5%. A partir dos 42 anos, muitas clínicas só estão fazendo fertilização in vitro com óvulos doados. Hoje é muito difícil uma mulher ser mãe, com seus próprios óvulos, a partir dos 43, 44 anos", disse.

Collucci fez um breve balanço sobre os avanços da medicina reprodutiva. "A grande mudança foi a fertilização in vitro, ou seja, a possibilidade de se fertilizar um óvulo com espermatozóide em um laboratório e depois transferir o embrião para o útero. Depois disso foi só o aperfeiçoamento da técnica que tem possibilitado a chance de homens e mulheres serem pais e mães. Hoje há mais de 2 milhões de bebês de proveta no mundo", disse.

Gravidez múltipla

O Brasil é um dos campeões do mundo em gravidez múltipla: 42% das gestações por FIV (Fertilização in vitro) resultam em gêmeos, trigêmeos, quadrigêmeos e quíntuplos.

O nascimento de múltiplos bebês já é considerado um problema de saúde pública devido aos riscos causados às mães, às crianças e pelo alto custo gerado ao sistema público de saúde. Na Europa, serviços de reprodução, especialmente os localizados nos países nórdicos, estão empenhados em reduzir o índice de gravidez múltipla --estimado em 25%, em média.

Segundo Collucci, os riscos da gravidez múltipla são, para a mãe, de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e rompimento do colo uterino, com parto prematuro. Para o bebê, o maior risco é o da prematuridade --má-formação dos órgãos e maior riscos de infecções hospitalares.

Leia mais
  • Confira a íntegra do bate-papo com Cláudia Collucci

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