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11/07/2005
-
09h28
da Folha de S.Paulo
O homem brasileiro, ao ser comparado com o de países desenvolvidos, mostra que é um dos que têm mais dificuldade para aceitar sua responsabilidade no cuidado com a família em seu domicílio. O economista Cláudio Dedecca, do Instituto de Economia da Unicamp, comparou o Brasil com outros 14 países e descobriu que apenas os japoneses, um país conhecido pelo forte machismo, trabalham menos em casa do que os brasileiros.
O estudo mostra que, em média, o brasileiro dedica apenas 0,7 hora de seu dia para o trabalho em casa. Apenas os japoneses dedicam menos tempo, com uma mísera 0,1 hora por dia. Os mais prestativos nesse sentido são os dinamarqueses, com 3,2 horas.
Para Dedecca, além de revelar machismo, o dado brasileiro é grave porque, em países desenvolvidos, parte do cuidado à família é realizado no ambiente público, em creches ou escolas de período integral.
"Num país onde há pouco acesso a creches e onde a escola é somente em meio período, esse cuidado torna-se ainda mais fundamental. Se o sistema público não faz esse papel, quem tem que fazer é a família, mas, se ela fizer esse trabalho mal, isso terá uma implicação para toda a sociedade", diz.
Ele afirma que é um erro definir esse cuidado como trabalho doméstico: "Prefiro usar o termo "trabalho para reprodução social". Sem ele, aumentam os riscos de problemas de saúde, má alimentação ou má educação. Acho que parte da violência decorre do grau de precariedade com que as famílias se organizam".
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Brasileiro dedica 0,7 hora à casa
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O homem brasileiro, ao ser comparado com o de países desenvolvidos, mostra que é um dos que têm mais dificuldade para aceitar sua responsabilidade no cuidado com a família em seu domicílio. O economista Cláudio Dedecca, do Instituto de Economia da Unicamp, comparou o Brasil com outros 14 países e descobriu que apenas os japoneses, um país conhecido pelo forte machismo, trabalham menos em casa do que os brasileiros.
O estudo mostra que, em média, o brasileiro dedica apenas 0,7 hora de seu dia para o trabalho em casa. Apenas os japoneses dedicam menos tempo, com uma mísera 0,1 hora por dia. Os mais prestativos nesse sentido são os dinamarqueses, com 3,2 horas.
Para Dedecca, além de revelar machismo, o dado brasileiro é grave porque, em países desenvolvidos, parte do cuidado à família é realizado no ambiente público, em creches ou escolas de período integral.
"Num país onde há pouco acesso a creches e onde a escola é somente em meio período, esse cuidado torna-se ainda mais fundamental. Se o sistema público não faz esse papel, quem tem que fazer é a família, mas, se ela fizer esse trabalho mal, isso terá uma implicação para toda a sociedade", diz.
Ele afirma que é um erro definir esse cuidado como trabalho doméstico: "Prefiro usar o termo "trabalho para reprodução social". Sem ele, aumentam os riscos de problemas de saúde, má alimentação ou má educação. Acho que parte da violência decorre do grau de precariedade com que as famílias se organizam".
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