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19/08/2005 - 13h43

Ato marca um ano das mortes de moradores de rua em São Paulo

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da Folha Online

Um ato realizado na praça da Sé marca na tarde desta sexta-feira o primeiro ano do assassinato de sete moradores de rua na região central de São Paulo. A motivação dos crimes ainda não é conhecida.

Na época, o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, prometeu que o caso estaria resolvido em 30 dias. Mais de 110 testemunhas já foram ouvidas e os únicos três suspeitos que haviam sido detidos foram postos em liberdade por falta de provas, segundo justificou o Ministério Público.

O padre Júlio Lancellotti, vigário do Povo da Rua e um dos organizadores do evento, afirma que a manifestação desta sexta, que inclui um ato inter-religioso, tem como objetivo cobrar soluções para o caso.

"No decorrer desse ano que se passou, em todos os dias 19, fizemos manifestações pedindo soluções para esse caso e nada mudou nesse cenário vergonhoso", disse.

Segundo estimativas da Polícia Militar, por volta das 13h30, cerca de 300 pessoas participavam da manifestação na Sé.

Mortes

As agressões contra os moradores de rua ocorreram nos dias 19 e 22 de agosto de 2004. Sete morreram, todos golpeadas na cabeça. Outros oito ficaram feridos.

As suspeitas da polícia de que o massacre tivesse envolvimento com o tráfico de drogas na região central e da disputa por pontos de segurança clandestina não foram confirmadas.

Dois policiais militares e um amigo deles chegaram a ser presos, mas foram liberados. Em novembro, o Ministério Público considerou as provas da polícia insuficientes e pediu a liberdade dos suspeitos.

O Ministério Público reconhece que a demora pode atrapalhar a investigação. "O tempo é sempre um aliado do criminoso", disse ontem o promotor Carlos Cardoso, assessor de Direitos Humanos da Procuradoria Geral de Justiça.

Mais crimes

Enquanto a solução para o caso não chega, só agora veio à tona o assassinato de uma moradora de rua em março deste ano, que, segundo a polícia, testemunhou o segundo ataque de agosto de 2004, na rua Barão de Iguape.

Quatro PMs estão presos acusados de terem cometido o crime, em março, e, segundo a polícia, esse caso pode ter ligação com o massacre de agosto de 2004.

Segundo o delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira, foram identificadas seis pessoas suspeitas dos ataques. Eles podem ter agido com os dois PMs e um segurança que haviam sido detidos. Segundo Teixeira, os seis suspeitos fazem parte de um grupo que atua com tráfico, extorsão e homicídio no centro da cidade.

Com Folha de S.Paulo

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