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30/08/2005 - 22h24

Umidade relativa do ar ficou abaixo dos 30% em diversos Estados

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EDUARDO DE OLIVEIRA
THIAGO REIS
da Agência Folha

Pelo menos dez Estados, além do Distrito Federal, registraram índices de umidade relativa do ar abaixo dos 30% nesta terça-feira, o que pode acarretar riscos à saúde.

São Paulo, Goiás e Minas Gerais estiveram sob alerta, com níveis que variaram de 12% a 20%. Às 15h, Ribeirão Preto (SP) e Goiânia (GO) registraram 16% --o índice mais baixo do dia, segundo dados do Cptec/Inpe (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Uberlândia (MG) registrava 17%.

Essa situação levou a Sedec (Secretaria Nacional de Defesa Civil) a emitir um alerta aos Estados onde o clima era mais seco, provocado por uma massa de ar quente. No comunicado, desaconselhou atividades físicas ao ar livre no período da tarde e recomendou hidratação constante da população, principalmente entre idosos e crianças.

Em estado de atenção ficaram Maranhão, Mato Grosso, Bahia, Distrito Federal, Pernambuco, Tocantins, Rio de Janeiro e Piauí. Teresina (PI), Bom Jesus da Lapa (BA) e Brasília (DF), às 15h, tinham um índice de 23%.

Segundo Euze Carvalho, da Secretaria Municipal de Cuiabá (MT), no mês de agosto --"o pior"--, os atendimentos crescem 30% nos postos de saúde, a maioria em decorrência de problemas respiratórios, como os provocados por crises de asma, rinite, alergia e pneumonia.

Para o meteorologista Fernando Nunes, do Cptec/Inpe, é normal que a umidade relativa do ar esteja baixa nesta época do ano. De acordo com ele, hoje os índices devem aumentar e ficar entre 50% e 60%.

Queimadas

Segundo o Cptec/Inpe, ontem foram registrados 2.979 focos de calor em todo país, normalmente associados a queimadas.

Rondônia viveu a situação mais crítica, onde foram registrados 1.150 focos pelo satélite NOAA-12. Na avaliação do coordenador operacional da Defesa Civil Estadual, Ronaldo Nunes Pereira, a situação só não é pior porque chuvas esparsas ao longo dos últimos dez dias ajudaram a conter focos de calor.

Nas chamadas Unidades de Conservação naturais, incêndios eram combatidos ontem na Floresta Nacional de Carajás (PA), Estação Ecológica de Serra Geral do Tocantins e Parque Nacional do Araguaia (TO). Além disso, em 17 unidades havia risco iminente de incêndio, segundo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Calor

Alguns Estados brasileiros tiveram temperaturas próximas a 40ºC nos últimos dois dias. No Rio de Janeiro, a máxima chegou a 39ºC nesta terça-feira, a mesma temperatura registrada em Santos, no litoral sul de São Paulo. Em Marabá (PA) e Carolina (MA) as medições chegaram a marcar 38ºC.

Mesmo na região Sul houve altas expressivas. Em Joinville (SC), a máxima ontem chegou a 37,4ºC, a maior de todos os tempos no mês de agosto, segundo o Ciram (Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia). Na capital Florianópolis, foram registrados 33,1ºC.

Baixa histórica

No Pantanal sul-mato-grossense, a menor quantidade de chuvas e a alternância de período secos e com precipitações fez baixar o nível do rio Paraguai. O nível máximo medido neste ano foi 3,29 m, na régua instalada às margens do rio no município de Ladário.

Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), foi o segundo nível mais baixo registrado desde 1974, quando a medição foi iniciada --o mais baixo, 3,15 m, foi verificado em 2001. Na média, o rio tem 5,23 m.

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