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11/09/2005 - 09h09

Para prefeito, crime não incomoda professores no Rio

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SÉRGIO COSTA
da Folha de S.Paulo

Para o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), a paralisação de aulas por ordem de traficantes aparenta ser mais freqüente do que é na realidade em razão da divulgação pela imprensa. "O natural destaque sempre que ocorre faz parecer uma forte incidência. Mas não é. Falo isso independentemente de as aulas noturnas quase sempre serem no âmbito estadual. As no âmbito municipal são do nosso programa Peja [Programa de Educação de Jovens e Adultos]", argumenta o prefeito.

Maia, que respondeu à Folha por e-mail, disse não acreditar em negociação com traficantes para permitir a entrada de
professores: "Isso, na prefeitura, é impossível. A professora é uma divindade nas favelas. Ninguém a perturba. O risco corre quem incomoda uma professora ou uma escola localizada dentro de uma favela".

Sobre as incertezas de alguns alunos quanto à continuidade do programa, o prefeito explica que a rotatividade pelas comunidades é uma regra: "É o PAE [Programa de Aumento de Escolaridade]. Isso nada tem a ver com violência. Muitas vezes concluímos um programa numa comunidade e vamos para outra. Mas, como aquilo gerou uma atividade, todos querem que fique. Quando atingimos uma taxa alta de primeiro grau completo, devemos fazer circular. Mesmo sabendo que se tornou um hábito para as pessoas", conclui Maia.

O prefeito explica que o PAE não deixará de ser implementado no próximo ano. "Ele será ampliado. O BID não renova. Implementa e transfere. A expansão se dará depois de 2006, pois até lá vale a atual fase."

Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Segurança Pública, a polícia só faz intervenções em favelas à noite se houver requisição por parte dos moradores, das ONGs ou da direção das escolas. Para agir nessas condições, é preciso mobilizar o Bope (Batalhão de Operações Especiais) ou o GAT (Grupamento de Ação Tática), forças de elite da Polícia Militar, que têm treinamento especial.

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