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19/09/2005
-
19h12
da Folha Online
Toda a equipe da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) da Polícia Federal do Rio foi afastada na nesta segunda-feira, após o sumiço de R$ 2 milhões apreendidos durante a operação Caravelas. Outras duas equipes de plantão também foram afastadas. Ao todo, 60 agentes estão afastados.
Segundo o superintendente interino no Rio, Roberto Prel, o dinheiro estava em um cofre, e sua chave do cofre em um armário trancado, na mesma sala. "Não se pode afirmar que foram policiais da DRE ou se houve conivência. Mas indícios demonstram que policiais estariam envolvidos no caso", disse Prel. O arrombamento foi descoberto na manhã desta segunda-feira, por agentes que chegavam para trabalhar.
As investigações da operação Caravelas culminaram nas prisões do italiano Vladimiro Leopardi e da empresária Sandra Tolpiakow --proprietário e sócia, respectivamente, dos restaurantes Satyricon e Capricciosa-- desde a semana passada.
Também foram presos José Antônio Palinhos Jorge Pereira e o empresário português Antônio dos Santos Damaso. Eles são apontados pela PF como organizadores de uma rede de distribuição de cocaína colombiana para Portugal. Pereira chefiaria a rede no Brasil e Damaso, internacionalmente.
Conhecido como Miro, Leopardi aparece em escutas telefônicas da PF conversando com Palinhos sobre remessas de dinheiro para investimentos nas redes de restaurantes, inclusive para a inauguração da boate Capital, que está sendo construída na lagoa Rodrigo de Freitas (zona sul do Rio).
Haviam sido encontrados R$ 750 mil e US$ 50 mil apenas em uma cobertura de luxo localizada na Barra da Tijuca e pertencente a Damaso. O imóvel está avaliado em R$ 6 milhões.
Mais R$ 500 mil, em notas de R$ 100, foram encontrados em uma mala, no bagageiro de um dos carros supostamente pertencentes a Palinhos que foram apreendidos pela PF. São dois Cherokee, um Audi, uma Fiorino, um Golf, um Mercedes-Benz e um Porsche Carrera, avaliados em R$ 1 milhão.
No apartamento dele, em Ipanema (zona sul do Rio), ainda teriam sido encontradas uma pistola Taurus, calibre 380, sem registro e documentos brasileiros e portugueses. Uma lancha de nome Senna, também de Palinhos, foi apreendida em Búzios (RJ).
A operação começou na semana passada, quando cerca de 1,6 tonelada de cocaína foi apreendida, escondida entre 50 toneladas de bucho bovino, em câmaras frigoríficas de um mercado da Penha (zona oeste do Rio). A droga, trazida da Colômbia, seria enviada para a Europa.
Outras cinco pessoas, incluindo a doleira Odete Guglielmo Gastaldi, também estão presas. A doleira é acusada de lavar o dinheiro que a quadrilha enviava para o país, após receber o pagamento pela droga.
Com Agência Brasil e Folha de S.Paulo
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Toda a equipe da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) da Polícia Federal do Rio foi afastada na nesta segunda-feira, após o sumiço de R$ 2 milhões apreendidos durante a operação Caravelas. Outras duas equipes de plantão também foram afastadas. Ao todo, 60 agentes estão afastados.
Segundo o superintendente interino no Rio, Roberto Prel, o dinheiro estava em um cofre, e sua chave do cofre em um armário trancado, na mesma sala. "Não se pode afirmar que foram policiais da DRE ou se houve conivência. Mas indícios demonstram que policiais estariam envolvidos no caso", disse Prel. O arrombamento foi descoberto na manhã desta segunda-feira, por agentes que chegavam para trabalhar.
As investigações da operação Caravelas culminaram nas prisões do italiano Vladimiro Leopardi e da empresária Sandra Tolpiakow --proprietário e sócia, respectivamente, dos restaurantes Satyricon e Capricciosa-- desde a semana passada.
Também foram presos José Antônio Palinhos Jorge Pereira e o empresário português Antônio dos Santos Damaso. Eles são apontados pela PF como organizadores de uma rede de distribuição de cocaína colombiana para Portugal. Pereira chefiaria a rede no Brasil e Damaso, internacionalmente.
Conhecido como Miro, Leopardi aparece em escutas telefônicas da PF conversando com Palinhos sobre remessas de dinheiro para investimentos nas redes de restaurantes, inclusive para a inauguração da boate Capital, que está sendo construída na lagoa Rodrigo de Freitas (zona sul do Rio).
Haviam sido encontrados R$ 750 mil e US$ 50 mil apenas em uma cobertura de luxo localizada na Barra da Tijuca e pertencente a Damaso. O imóvel está avaliado em R$ 6 milhões.
Mais R$ 500 mil, em notas de R$ 100, foram encontrados em uma mala, no bagageiro de um dos carros supostamente pertencentes a Palinhos que foram apreendidos pela PF. São dois Cherokee, um Audi, uma Fiorino, um Golf, um Mercedes-Benz e um Porsche Carrera, avaliados em R$ 1 milhão.
No apartamento dele, em Ipanema (zona sul do Rio), ainda teriam sido encontradas uma pistola Taurus, calibre 380, sem registro e documentos brasileiros e portugueses. Uma lancha de nome Senna, também de Palinhos, foi apreendida em Búzios (RJ).
A operação começou na semana passada, quando cerca de 1,6 tonelada de cocaína foi apreendida, escondida entre 50 toneladas de bucho bovino, em câmaras frigoríficas de um mercado da Penha (zona oeste do Rio). A droga, trazida da Colômbia, seria enviada para a Europa.
Outras cinco pessoas, incluindo a doleira Odete Guglielmo Gastaldi, também estão presas. A doleira é acusada de lavar o dinheiro que a quadrilha enviava para o país, após receber o pagamento pela droga.
Com Agência Brasil e Folha de S.Paulo
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