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19/10/2005
-
22h48
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
A seca em Minas Gerais, agravada nos últimos dias em decorrência da baixa umidade e do intenso calor, já atinge 70 municípios, sendo apenas dois fora das regiões norte e do Vale do Jequitinhonha.
A falta d'água para consumo humano é o maior problema enfrentado pelos cerca de 900 mil habitantes dessas localidades. A situação ainda não está mais grave do que em anos anteriores.
São 65 os municípios em situação de emergência. Mas, como a ajuda é restrita, a falta de água para consumo humano persiste em 42 cidades.
Como o decreto municipal precisa seguir regras determinadas pelo governo federal, de forma que os municípios tenham acesso a caminhões-pipa e recursos, quase sempre as irregularidades na formulação dos decretos fazem com que eles parem na Cedec (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil).
A Sedec (Secretaria Nacional de Defesa Civil), vinculada ao Ministério da Integração Nacional, já reconheceu a situação de emergência em 23 municípios. Com isso, eles estão aptos a receber ajuda do governo federal.
O diretor-técnico da Cedec, capitão Paulo Costa Jr., disse que os decretos estão em processo de análise, mas que "há muita coisa errada" na formulação deles.
A maioria das cidades não sabe como fazer. A cada início de nova gestão nos Executivos estaduais, muda-se tudo, e os problemas burocráticos voltam à estaca zero, disse ele. As cidades estão sendo obrigadas a implantar a Defesa Civil Municipal, com pessoal treinado. A Cedec está dando suporte.
Entre as duas cidades que estão fora das regiões norte e nordeste está Uberlândia. Segundo a Cedec, lá não há falta de água para consumo humano. O problema está relacionado com o efeito da seca na agricultura.
O norte mineiro e o Jequitinhonha são as regiões mais pobres de Minas Gerais, onde prevalece o clima semi-árido. A falta de água é constante e se agrava pela falta de programas em maior escala para que as águas de chuva sejam contidas, evitando que elas escoem tão facilmente.
Piauí
No Piauí, a seca já levou 81 prefeitos do Estado a decretarem situação de emergência em seus municípios. Até o dia 7, a Secretaria Nacional da Defesa Civil já havia reconhecido 30 decretos de situação de emergência, segundo informações da Defesa Civil Estadual.
Desde 1º de setembro, uma operação do governo do Estado envia carros-pipa para realizar o abastecimento de água em 27 municípios do Estado. As cidades mais castigadas com a seca são Paulistana, Queimada Nova, Lagoa do Barro do Piauí, e Dom Inocêncio, na região semi-árida.
A partir da próxima semana, com a ajuda dos governos federal e estadual, o número de cidades abastecidas com carros-pipa chegará a 55.
Para o mês de novembro, está previsto o envio de um auxílio emergencial por parte do governo federal de cerca de R$ 4,5 milhões para ajuda a 15 mil agricultores atingidos pela seca. Em 2004, 72 cidades do Piauí decretaram situação de emergência em razão da seca.
Colaborou JOSÉ EDUARDO RONDON, da Agência Folha
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A falta d'água para consumo humano é o maior problema enfrentado pelos cerca de 900 mil habitantes dessas localidades. A situação ainda não está mais grave do que em anos anteriores.
São 65 os municípios em situação de emergência. Mas, como a ajuda é restrita, a falta de água para consumo humano persiste em 42 cidades.
Como o decreto municipal precisa seguir regras determinadas pelo governo federal, de forma que os municípios tenham acesso a caminhões-pipa e recursos, quase sempre as irregularidades na formulação dos decretos fazem com que eles parem na Cedec (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil).
A Sedec (Secretaria Nacional de Defesa Civil), vinculada ao Ministério da Integração Nacional, já reconheceu a situação de emergência em 23 municípios. Com isso, eles estão aptos a receber ajuda do governo federal.
O diretor-técnico da Cedec, capitão Paulo Costa Jr., disse que os decretos estão em processo de análise, mas que "há muita coisa errada" na formulação deles.
A maioria das cidades não sabe como fazer. A cada início de nova gestão nos Executivos estaduais, muda-se tudo, e os problemas burocráticos voltam à estaca zero, disse ele. As cidades estão sendo obrigadas a implantar a Defesa Civil Municipal, com pessoal treinado. A Cedec está dando suporte.
Entre as duas cidades que estão fora das regiões norte e nordeste está Uberlândia. Segundo a Cedec, lá não há falta de água para consumo humano. O problema está relacionado com o efeito da seca na agricultura.
O norte mineiro e o Jequitinhonha são as regiões mais pobres de Minas Gerais, onde prevalece o clima semi-árido. A falta de água é constante e se agrava pela falta de programas em maior escala para que as águas de chuva sejam contidas, evitando que elas escoem tão facilmente.
Piauí
No Piauí, a seca já levou 81 prefeitos do Estado a decretarem situação de emergência em seus municípios. Até o dia 7, a Secretaria Nacional da Defesa Civil já havia reconhecido 30 decretos de situação de emergência, segundo informações da Defesa Civil Estadual.
Desde 1º de setembro, uma operação do governo do Estado envia carros-pipa para realizar o abastecimento de água em 27 municípios do Estado. As cidades mais castigadas com a seca são Paulistana, Queimada Nova, Lagoa do Barro do Piauí, e Dom Inocêncio, na região semi-árida.
A partir da próxima semana, com a ajuda dos governos federal e estadual, o número de cidades abastecidas com carros-pipa chegará a 55.
Para o mês de novembro, está previsto o envio de um auxílio emergencial por parte do governo federal de cerca de R$ 4,5 milhões para ajuda a 15 mil agricultores atingidos pela seca. Em 2004, 72 cidades do Piauí decretaram situação de emergência em razão da seca.
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