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19/10/2005
-
23h07
KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Caapiranga
O governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), disse nesta quarta-feira que a seca irá se agravar para a região do baixo Amazonas. O problema será intensificado pela vazante do rio. Quatro cidades poderão sentir diretamente as conseqüências da estiagem. O número de moradores nessas localidades é cerca de 87.500 pessoas.
"A nossa preocupação vai ser com o baixo Amazonas. Nós daqui da região sabemos: a seca vai se deslocar para o baixo Amazonas. Vamos ter agravamento em Maués, Boa Vista do Ramos, Nhamumdá e Silves. A partir do final de semana, vamos montar uma operação [lá]", afirmou Braga.
O governador também se mostrou apreensivo com o abastecimento de água em Manaus, por conta da vazante do Negro. O rio está com 15,06 m. A média do Negro, na cheia, é de 23 m.
"Pedimos à população de Manaus que não desperdice água para que possamos tê-la nos reservatórios da cidade. Não corremos risco de racionamento de água no momento, mas não custa nada nos prevenir. Faço o apelo aos cidadãos para que não desperdicem água porque o rio Negro continuará uma vazão nos próximos 20 dias."
Na estiagem de 1997, por conseqüência do fenômeno El Niño, o rio Negro desceu de nível até 14,34 m no mês de outubro. A Eletronorte (Centrais Elétricas Norte do Brasil S.A.) fez um racionamento de energia em Manaus.
Sem energia para fazer as operações, a empresa estatal Cosama (Companhia de Saneamento do Amazonas), responsável à época pela distribuição de água, informou que a seca afetou também o abastecimento de água em Manaus.
A empresa Águas do Amazonas, que atende atualmente 1,3 milhão de habitantes, descartou um racionamento, informando que a capitação mínima de água no rio é de 12 m na estação de tratamento da Ponta do Ismael, responsável por 80% do abastecimento. A capital tem cerca de 1,592 milhão de moradores.
O governador também pediu aos agricultores que não façam queimadas. Como a floresta está muito seca, existe risco de incêndios. Ontem, durante os sobrevôos em Manacapuru e Manaquiri, com o ministro Ciro Gomes, foram localizadas mais de dez queimadas.
A Secretaria Nacional de Defesa Civil classificou a estiagem atípica no Amazonas de alta intensidade --nível 4 (muito grande porte e com muitos prejuízos à comunidade, que precisa de apoio de fora para superá-los).
Quando o decreto de calamidade pública foi anunciado, no dia 11, a Defesa Civil do Estado tinha classificado a ocorrência em um desastre de causa natural de nível três. "É o mais alto grau de desastre que pode ocorrer em algum sítio. Vimos na região Sul uma estiagem muito forte; em Pernambuco, enchentes; mas essa seca aqui [na região amazônica] foge dos padrões", afirmou José Luis D'Avila Fernandes, diretor da Defesa Civil Nacional.
Ele disse que a secretaria liberou mais R$ 1,2 milhão para o Exército enviar as cestas básicas para as comunidades afetadas.
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da Agência Folha, em Caapiranga
O governador do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), disse nesta quarta-feira que a seca irá se agravar para a região do baixo Amazonas. O problema será intensificado pela vazante do rio. Quatro cidades poderão sentir diretamente as conseqüências da estiagem. O número de moradores nessas localidades é cerca de 87.500 pessoas.
"A nossa preocupação vai ser com o baixo Amazonas. Nós daqui da região sabemos: a seca vai se deslocar para o baixo Amazonas. Vamos ter agravamento em Maués, Boa Vista do Ramos, Nhamumdá e Silves. A partir do final de semana, vamos montar uma operação [lá]", afirmou Braga.
Rickey Rogers/Reuters |
Vazante do rio Negro preocupa governo do AM |
"Pedimos à população de Manaus que não desperdice água para que possamos tê-la nos reservatórios da cidade. Não corremos risco de racionamento de água no momento, mas não custa nada nos prevenir. Faço o apelo aos cidadãos para que não desperdicem água porque o rio Negro continuará uma vazão nos próximos 20 dias."
Na estiagem de 1997, por conseqüência do fenômeno El Niño, o rio Negro desceu de nível até 14,34 m no mês de outubro. A Eletronorte (Centrais Elétricas Norte do Brasil S.A.) fez um racionamento de energia em Manaus.
Sem energia para fazer as operações, a empresa estatal Cosama (Companhia de Saneamento do Amazonas), responsável à época pela distribuição de água, informou que a seca afetou também o abastecimento de água em Manaus.
A empresa Águas do Amazonas, que atende atualmente 1,3 milhão de habitantes, descartou um racionamento, informando que a capitação mínima de água no rio é de 12 m na estação de tratamento da Ponta do Ismael, responsável por 80% do abastecimento. A capital tem cerca de 1,592 milhão de moradores.
O governador também pediu aos agricultores que não façam queimadas. Como a floresta está muito seca, existe risco de incêndios. Ontem, durante os sobrevôos em Manacapuru e Manaquiri, com o ministro Ciro Gomes, foram localizadas mais de dez queimadas.
A Secretaria Nacional de Defesa Civil classificou a estiagem atípica no Amazonas de alta intensidade --nível 4 (muito grande porte e com muitos prejuízos à comunidade, que precisa de apoio de fora para superá-los).
Quando o decreto de calamidade pública foi anunciado, no dia 11, a Defesa Civil do Estado tinha classificado a ocorrência em um desastre de causa natural de nível três. "É o mais alto grau de desastre que pode ocorrer em algum sítio. Vimos na região Sul uma estiagem muito forte; em Pernambuco, enchentes; mas essa seca aqui [na região amazônica] foge dos padrões", afirmou José Luis D'Avila Fernandes, diretor da Defesa Civil Nacional.
Ele disse que a secretaria liberou mais R$ 1,2 milhão para o Exército enviar as cestas básicas para as comunidades afetadas.
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