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14/11/2005
-
10h25
da Folha Online
O Exército abriu sindicância para apurar torturas praticadas por veteranos contra terceiros-sargentos recém-promovidos em um quartel de Curitiba (PR).
Imagens divulgadas domingo (13) pelo "Fantástico", da Rede Globo, mostram afogamentos com balde de água, aplicações de ferro de passar roupa na pele, chineladas nas plantas dos pés e choques elétricos em novatos na 2ª Companhia de Fuzileiros do 20º Batalhão de Infantaria Blindado do Exército, conhecida como Pantera.
As imagens teriam sido captadas em agosto deste ano. O Exército afirma que os responsáveis serão punidos.
Maus-tratos
As cenas lembram as imagem de tortura promovidas por militares americanos a presos de Abu Ghraib, no Iraque.
Segundo a gravação, feita pelos veteranos, um dos trotes começou no banheiro da unidade, após a leitura de um texto que anunciava a punição e dava a entender que a prática é antiga.
Durante o trote, os "lobinhos", como são chamados os novatos, eram obrigados a gritar pedindo socorro aos veteranos. Ao menos cinco teriam sido vítimas da violência.
Um deles, já passando mal, foi obrigado a ler o juramento da companhia: "Respeitar os sargentos mais antigos, receber todas as missões passadas, pagar o churrasco sem ponderação. Não chorar para o subtenente. E, se preciso for, derramar o próprio sangue em prol da tradição do pacote [trote] da 2ª Companhia Pantera Brasil".
A gravação teria sido feita com uma máquina fotográfica digital, de acordo com peritos. Nota oficial divulgada pelo Exército afirma que as imagens são "verídicas".
O chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, coronel Carlos Barcellos, considera a conduta de "agressão física e moral em qualquer tipo de atividade, inclusive na instituição militar, é totalmente inaceitável.
Com Folha de S.Paulo, no Rio
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Imagens divulgadas domingo (13) pelo "Fantástico", da Rede Globo, mostram afogamentos com balde de água, aplicações de ferro de passar roupa na pele, chineladas nas plantas dos pés e choques elétricos em novatos na 2ª Companhia de Fuzileiros do 20º Batalhão de Infantaria Blindado do Exército, conhecida como Pantera.
As imagens teriam sido captadas em agosto deste ano. O Exército afirma que os responsáveis serão punidos.
Maus-tratos
As cenas lembram as imagem de tortura promovidas por militares americanos a presos de Abu Ghraib, no Iraque.
Segundo a gravação, feita pelos veteranos, um dos trotes começou no banheiro da unidade, após a leitura de um texto que anunciava a punição e dava a entender que a prática é antiga.
Durante o trote, os "lobinhos", como são chamados os novatos, eram obrigados a gritar pedindo socorro aos veteranos. Ao menos cinco teriam sido vítimas da violência.
Um deles, já passando mal, foi obrigado a ler o juramento da companhia: "Respeitar os sargentos mais antigos, receber todas as missões passadas, pagar o churrasco sem ponderação. Não chorar para o subtenente. E, se preciso for, derramar o próprio sangue em prol da tradição do pacote [trote] da 2ª Companhia Pantera Brasil".
A gravação teria sido feita com uma máquina fotográfica digital, de acordo com peritos. Nota oficial divulgada pelo Exército afirma que as imagens são "verídicas".
O chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, coronel Carlos Barcellos, considera a conduta de "agressão física e moral em qualquer tipo de atividade, inclusive na instituição militar, é totalmente inaceitável.
Com Folha de S.Paulo, no Rio
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