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18/11/2005
-
22h43
THIAGO GUIMARÃES
da Agência Folha
Considerada racista e motivo de constrangimento, a bandeira da cidade histórica de Ouro Preto (89 km a sul de Belo Horizonte) ganhou nesta sexta-feira um novo texto.
A frase em latim "proetiosum tamen nigrum" (precioso ainda que negro), referência ao ouro coberto por óxido de ferro encontrado na região, foi substituída por "proetiosum aurum nigrum" (precioso ouro negro).
A lei que mudou a bandeira de 1931 foi sancionada pelo prefeito Ângelo Oswaldo (PMDB). Segundo ele, a alteração é uma reivindicação antiga de intelectuais, movimentos negros e até turistas de Ouro Preto.
"Muitos consideravam que a bandeira tinha caráter preconceituoso ou pejorativo em relação à condição negra", afirmou o prefeito. O primeiro hasteamento da nova bandeira será domingo (20), na comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra.
Para o prefeito, a palavra "tamen" (ainda que) da bandeira ouro-pretana foi inspirada no lema dos inconfidentes mineiros do século 18 --"libertas quae sera tamen" (liberdade ainda que tardia). Já o nome Ouro Preto foi adotado em 1823, quando a antiga Vila Rica foi elevada a cidade.
"Perfeita na bandeira de Minas, ela [palavra "tamen"] é constrangedoramente estampada na bandeira de Ouro Preto, implicando em desculpas e explicações que não convencem", afirmou o prefeito, na justificativa do projeto enviada à Câmara Municipal.
Oswaldo afirmou que a bandeira antiga era motivo de constrangimento porque cerca de 70% dos habitantes de Ouro Preto são descendentes de africanos.
Em 2001, houve uma tentativa de mudar os dizeres da bandeira para "proestiosum et nigrum" (precioso e negro). O projeto foi retirado da pauta da Câmara porque avaliou-se que ele não mudava a "carga negativa" do texto.
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Texto da bandeira de Ouro Preto considerado racista é alterado
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da Agência Folha
Considerada racista e motivo de constrangimento, a bandeira da cidade histórica de Ouro Preto (89 km a sul de Belo Horizonte) ganhou nesta sexta-feira um novo texto.
A frase em latim "proetiosum tamen nigrum" (precioso ainda que negro), referência ao ouro coberto por óxido de ferro encontrado na região, foi substituída por "proetiosum aurum nigrum" (precioso ouro negro).
A lei que mudou a bandeira de 1931 foi sancionada pelo prefeito Ângelo Oswaldo (PMDB). Segundo ele, a alteração é uma reivindicação antiga de intelectuais, movimentos negros e até turistas de Ouro Preto.
"Muitos consideravam que a bandeira tinha caráter preconceituoso ou pejorativo em relação à condição negra", afirmou o prefeito. O primeiro hasteamento da nova bandeira será domingo (20), na comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra.
Para o prefeito, a palavra "tamen" (ainda que) da bandeira ouro-pretana foi inspirada no lema dos inconfidentes mineiros do século 18 --"libertas quae sera tamen" (liberdade ainda que tardia). Já o nome Ouro Preto foi adotado em 1823, quando a antiga Vila Rica foi elevada a cidade.
"Perfeita na bandeira de Minas, ela [palavra "tamen"] é constrangedoramente estampada na bandeira de Ouro Preto, implicando em desculpas e explicações que não convencem", afirmou o prefeito, na justificativa do projeto enviada à Câmara Municipal.
Oswaldo afirmou que a bandeira antiga era motivo de constrangimento porque cerca de 70% dos habitantes de Ouro Preto são descendentes de africanos.
Em 2001, houve uma tentativa de mudar os dizeres da bandeira para "proestiosum et nigrum" (precioso e negro). O projeto foi retirado da pauta da Câmara porque avaliou-se que ele não mudava a "carga negativa" do texto.
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