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01/12/2005 - 09h03

Aids aumenta no Norte e no Nordeste

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LUCIANA CONSTANTINO
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A incidência de casos de Aids no Brasil se manteve estável no ano passado em comparação com o final da década de 90, chegando a perder força entre jovens, usuários de drogas injetáveis e crianças abaixo de cinco anos. Na contramão, porém, estão as taxas das regiões Norte e Nordeste e das populações negra e parda --todas com tendência de alta.

Esses são os principais resultados do último "Boletim Epidemiológico DST-Aids", divulgado ontem pelo Ministério da Saúde.

Apesar da tendência de estabilidade dos casos no país, os números ainda são elevados: foram 30.886 novos registros em 2004, contra 28.318 em 1998. Isso representa uma incidência de 17,2 casos por 100 mil habitantes em 2004 e 17,5, em 1998. Houve uma pequena queda em relação a 2003, quando a taxa foi a maior desde 1994, atingindo 19,2 casos por 100 mil habitantes.

Já nas regiões Norte e Nordeste a incidência vem crescendo ano a ano, chegando a 11,1 casos novos de Aids por 100 mil moradores em 2004 e 8,7 em 1998. Cinco Estados preocupam mais por terem registrado alta acima de 100% no período --Maranhão, Pará, Acre, Piauí e Roraima.

Segundo o coordenador do Programa Nacional de Aids, Pedro Chequer, entre as causas desse aumento está o difícil acesso a informações e aos serviços de saúde. Para tentar reverter o quadro, Chequer disse que o governo vem ampliando o número de municípios atendidos com programas de combate à Aids e incluindo o atendimento à doença na rede básica de saúde.

Um dos pontos positivos é a queda entre jovens. A incidência caiu de 2,2 casos por 100 mil habitantes em 98 para 1,6 no ano passado na faixa etária dos 13 aos 19. Entre jovens de 20 a 24 anos, a taxa passou de 19,1 para 11,8.

No caso das crianças abaixo de cinco anos, a redução também é constante. O Ministério da Saúde atribui a ações de prevenção e controle da transmissão vertical --da mãe para o bebê. A meta é que esse tipo de transmissão chegue a quase zero.

No corte por raça, e pesquisa verificou que a participação dos homens brancos no total de infectados caiu de 65,9% em 2000 para 56,6% no ano passado. A dos negros e pardos, inversamente, passou de 33,3% para 42,6%. Entre as mulheres a tendência é a mesma.

Para Chequer, além de fatores associados à pobreza, os negros e pardos enfrentam o racismo e a discriminação refletidos até mesmo no acesso e atendimento na rede pública de saúde.

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