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03/12/2005
-
08h51
TALITA FIGUEIREDO
Colaboração para a Folha de S. Paulo, no Rio
A polícia do Rio investiga a suspeita de que uma extorsão feita por dois sargentos a um traficante teria iniciado a onda de barbárie na cidade, com a morte de cinco pessoas dentro de um ônibus e a execução de outras quatro, no dia seguinte, acusadas pelo crime.
Por essa linha de investigação, os policiais militares teriam prendido, extorquido dinheiro e liberado o traficante conhecido como Lorde, suposto mandante do ataque ao ônibus da linha 350 que deixou cinco mortos, entre eles uma criança de um ano, na noite de terça-feira.
Segundo as investigações, Lorde não teria pago toda a propina e, por isso, os policiais teriam reprimido o tráfico em sua área e matado integrantes de sua quadrilha, inclusive Leonardo de Souza Ribeiro, 22, o Ciborgue. A morte de Ciborgue é apontada pela Secretaria de Segurança Pública como motivo do ataque ao ônibus. Ele morreu horas antes do crime.
Policiais receberam ontem informações de que Lorde estaria em São Paulo com uma namorada, fugindo da polícia e de traficantes que ordenaram sua morte.
Por ordem do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Hudson de Miranda Aguiar, os sargentos Paulo Henrique da Silva Melo e Jorge Henrique dos Reis, do 16º Batalhão da PM (Olaria), foram detidos ontem à tarde para prestar depoimento à Corregedoria da corporação.
Eles são suspeitos, de acordo com uma ligação para o Disque-Denúncia, de cobrar R$ 5 mil a Lorde, chefe do tráfico no morro da Fé, na Penha, para soltá-lo. Segundo a denúncia, o traficante teria pago apenas R$ 2 mil e prometido o restante para depois. Lorde não teria pago os outros R$ 3 mil, o que teria motivado os policiais a agir contra o tráfico na região.
Na noite de terça, pelo menos sete criminosos pararam o ônibus e atearam fogo sem deixar que os cerca de 30 passageiros saíssem. Cinco pessoas tiveram os corpos carbonizados e pelo menos 13 pessoas ficaram feridas --três estão internadas em estado grave.
Dos sete criminosos, quatro foram mortos, supostamente a mando de traficantes do Comando Vermelho --mesma facção de Lorde-- como vingança.
Parentes dos mortos afirmaram que a namorada de Lorde também participou do ataque.
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A polícia do Rio investiga a suspeita de que uma extorsão feita por dois sargentos a um traficante teria iniciado a onda de barbárie na cidade, com a morte de cinco pessoas dentro de um ônibus e a execução de outras quatro, no dia seguinte, acusadas pelo crime.
Por essa linha de investigação, os policiais militares teriam prendido, extorquido dinheiro e liberado o traficante conhecido como Lorde, suposto mandante do ataque ao ônibus da linha 350 que deixou cinco mortos, entre eles uma criança de um ano, na noite de terça-feira.
Segundo as investigações, Lorde não teria pago toda a propina e, por isso, os policiais teriam reprimido o tráfico em sua área e matado integrantes de sua quadrilha, inclusive Leonardo de Souza Ribeiro, 22, o Ciborgue. A morte de Ciborgue é apontada pela Secretaria de Segurança Pública como motivo do ataque ao ônibus. Ele morreu horas antes do crime.
Policiais receberam ontem informações de que Lorde estaria em São Paulo com uma namorada, fugindo da polícia e de traficantes que ordenaram sua morte.
Por ordem do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Hudson de Miranda Aguiar, os sargentos Paulo Henrique da Silva Melo e Jorge Henrique dos Reis, do 16º Batalhão da PM (Olaria), foram detidos ontem à tarde para prestar depoimento à Corregedoria da corporação.
Eles são suspeitos, de acordo com uma ligação para o Disque-Denúncia, de cobrar R$ 5 mil a Lorde, chefe do tráfico no morro da Fé, na Penha, para soltá-lo. Segundo a denúncia, o traficante teria pago apenas R$ 2 mil e prometido o restante para depois. Lorde não teria pago os outros R$ 3 mil, o que teria motivado os policiais a agir contra o tráfico na região.
Na noite de terça, pelo menos sete criminosos pararam o ônibus e atearam fogo sem deixar que os cerca de 30 passageiros saíssem. Cinco pessoas tiveram os corpos carbonizados e pelo menos 13 pessoas ficaram feridas --três estão internadas em estado grave.
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