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24/12/2005 - 08h54

Polícia suspeita que bomba em SP foi retaliação da máfia do contrabando

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da Folha Online

Uma das principais linhas de investigação da Polícia Civil sobre a explosão de uma bomba caseira em frente a um shopping popular da rua 25 de Março (centro) aponta que a ação foi uma "retaliação" da chamada máfia do contrabando às operações que a Polícia Federal tem promovido desde o início do mês.

A polícia busca pistas dos responsáveis pela bomba.

O shopping diante do qual o artefato explodiu pertence ao empresário Law Kin Chong, 43, apontado como um dos maiores contrabandistas do país. Ele foi transferido na quarta (21) da penitenciária de Bauru (a 343 km de SP) para a Superintendência da PF em São Paulo, na Lapa (zona oeste).

No último dia 15, uma vistoria no Shopping 25 de Março encerrou uma série de ações em centros de venda de eletrônicos e importados que costumam ser pirateados ou fruto de contrabando e descaminho, segundo a PF. Mais de 7.000 caixas de mercadorias foram apreendidas na ocasião.

Combate à pirataria

Os trabalhos da força-tarefa formada pela PF, pela Receita Federal e pela Secretaria Estadual de Fazenda começaram no dia 2. Nesse dia foi feita uma vistoria no Stand Center, na avenida Paulista (centro). No dia 13, foi a vez do Promocenter, na rua Augusta (centro).

Ontem, sexta, por volta de 19h, cerca de 100 policiais em 20 viaturas e motos cercaram a região do Promocenter. À reportagem, um PM informou que se tratava de "roubo em andamento". Mas um lojista, que não se identificou, afirmou que alguém havia recebido denúncia de bomba.

Por cerca de 10 minutos, a rua Augusta ficou fechada nos dois sentidos, provocando grande congestionamento no local.

Bomba

O artefato que explodiu ontem na 25 de Março --tradicional reduto do comércio popular-- foi produzido com um extintor de incêndio e pregos, de acordo com a Polícia Civil. Teria explodido por volta das 16h e destruiu a lixeira em que estava e parte de um semáforo.

Os objetos estão sendo submetidos a exames periciais, bem como uma fita de vídeo encontrada junto aos destroços.

Vítima dá à luz

O barulho da explosão levou pânico às cerca de 100 mil pessoas que circulavam pela 25 de Março no momento do incidente. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, 15 pessoas ficaram feridas. Porém, apenas 12 delas foram identificadas pela Polícia Civil, até o momento.

Entre as vítimas está uma mulher que, durante a madrugada, deu à luz um menino. Outro filho dela, de 2 anos, também foi ferido pela bomba. Uma jovem de 21 anos que sofreu traumatismo craniano continua internada em estado grave.

Uma adolescente de 15 anos também está internada. Ela fugia do tumulto quando foi atropelada por um carro e fraturou o fêmur. Os outros feridos localizados pela Polícia Civil têm entre 19 e 34 anos.

Com Folha de S.Paulo

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