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26/12/2005
-
21h42
KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Manaus
Presos da Casa de Detenção José Mário Alves da Silva, conhecida como Urso Branco, em Porto Velho (RO), mantêm 196 pessoas reféns, todos parentes de detentos, na noite desta segunda-feira. A rebelião começou por volta das 17h de domingo (25), durante o horário de visita.
Segundo o diretor do presídio, Bionor Miranda Maia, o motim é contra a transferência do detento Ednildo Paula Souza, o Birrinha, que cumpre pena de 30 anos por roubo e assalto, tido entre os presos como líder do Urso Branco.
O momento mais tenso da rebelião aconteceu quando os rebelados mostraram do telhado do Urso Branco os corpos de dois presos, possivelmente mortos por represália, mas a direção não confirmou os assassinatos.
Entre os reféns há nove homens. O restante dos retidos é de mulheres, que visitavam seus parentes. Algumas estão grávidas. A PM mantém 160 homens de fora do presídio.
Birrinha
Há 15 dias, Birrinha havia fugido do Urso Branco. Na quinta-feira (22), foi recapturado. No sábado (24), de acordo com a direção, o preso foi transferido para uma casa de detenção em Vila Nova.
No início da noite desta segunda, uma comissão de crise, presidida pelo coronel Paulo Carneiro, da Polícia Militar de Rondônia, acatou a reivindicação do presos. De acordo com Miranda Maia, às 18h15 (20h15 em Brasília) a comissão de crise deu ordem para a transferência de Souza.
A casa de detenção de Vila Nova fica a quatro horas de distância do Urso Branco, em Porto Velho. Conforme a assessoria de imprensa da Polícia Militar, Birrinha já está na cidade mas só deverá ser levado à unidade amanhã (27), pois a libertação dos reféns pode ficar complicada à noite.
Em abril de 2004, 15 presos foram mortos --cinco decapitados-- durante uma das rebeliões mais sangrentas do país no Presídio Urso Branco. Atualmente com capacidade para abrigar 360 detentos, a penitenciária conta com cerca de 1.050 presos, segundo a Secretaria de Assuntos Penitenciários de Rondônia.
Colaborou ADRIANA CHAVES, da Agência Folha
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da Agência Folha, em Manaus
Presos da Casa de Detenção José Mário Alves da Silva, conhecida como Urso Branco, em Porto Velho (RO), mantêm 196 pessoas reféns, todos parentes de detentos, na noite desta segunda-feira. A rebelião começou por volta das 17h de domingo (25), durante o horário de visita.
Segundo o diretor do presídio, Bionor Miranda Maia, o motim é contra a transferência do detento Ednildo Paula Souza, o Birrinha, que cumpre pena de 30 anos por roubo e assalto, tido entre os presos como líder do Urso Branco.
O momento mais tenso da rebelião aconteceu quando os rebelados mostraram do telhado do Urso Branco os corpos de dois presos, possivelmente mortos por represália, mas a direção não confirmou os assassinatos.
Entre os reféns há nove homens. O restante dos retidos é de mulheres, que visitavam seus parentes. Algumas estão grávidas. A PM mantém 160 homens de fora do presídio.
Birrinha
Há 15 dias, Birrinha havia fugido do Urso Branco. Na quinta-feira (22), foi recapturado. No sábado (24), de acordo com a direção, o preso foi transferido para uma casa de detenção em Vila Nova.
No início da noite desta segunda, uma comissão de crise, presidida pelo coronel Paulo Carneiro, da Polícia Militar de Rondônia, acatou a reivindicação do presos. De acordo com Miranda Maia, às 18h15 (20h15 em Brasília) a comissão de crise deu ordem para a transferência de Souza.
A casa de detenção de Vila Nova fica a quatro horas de distância do Urso Branco, em Porto Velho. Conforme a assessoria de imprensa da Polícia Militar, Birrinha já está na cidade mas só deverá ser levado à unidade amanhã (27), pois a libertação dos reféns pode ficar complicada à noite.
Em abril de 2004, 15 presos foram mortos --cinco decapitados-- durante uma das rebeliões mais sangrentas do país no Presídio Urso Branco. Atualmente com capacidade para abrigar 360 detentos, a penitenciária conta com cerca de 1.050 presos, segundo a Secretaria de Assuntos Penitenciários de Rondônia.
Colaborou ADRIANA CHAVES, da Agência Folha
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