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01/02/2006
-
10h27
da Folha Online
Será registrada nesta quarta-feira como Letícia Maria Cassiano a bebê que foi encontrada boiando na lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), no sábado (28), conforme determinação da juíza-substituta Neuza Maria Guido, do Juizado da Infância e Juventude da cidade.
O registro é provisório e poderá ser alterado por quem assumir a guarda da criança. O nome foi escolhido, segundo a própria juíza, pois Letícia significa alegria e Maria é uma homenagem a Nossa Senhora, em agradecimento por ela ter sobrevivido.
Letícia, que tem dois meses de vida, estava internada desde seu nascimento, pois nasceu prematura. Ela foi encontrada boiando na lagoa, dentro de um saco plástico preto preso a um pedaço de madeira, poucas horas depois de ter recebido alta médica.
Seu choro foi ouvido por um casal que passeava na orla e pediu socorro. Com a ajuda de um pedaço de madeira, um homem conseguiu retirar o saco da água. Inicialmente, segundo a polícia, eles confundiram o choro da bebê com miados e pensaram tratar-se de um gato.
O namorado da mãe da bebê, cuja identidade não foi divulgada, realizou um exame de DNA ontem. Ele disse que pretende assumir a guarda de Letícia, caso seja o pai, e negou que soubesse da gravidez da companheira. Os avós maternos da criança já deram entrada com pedido de guarda na Justiça.
Quem for candidato a assumir a guarda da criança deve ser submetido a um estudo psicossocial. Embora familiares tenham preferência, várias pessoas --inclusive famosas e estrangeiras-- já teriam se candidatado.
Mãe
Ontem, o cabo reformado da Polícia Militar José Rezende Filho, 55, prestou depoimento à Polícia Civil. Ele manteve um relacionamento com a mãe da criança, a vendedora Simone Cassiano da Silva, 28, alguns anos atrás, e disse que ela era prostituta e tentou matá-lo três vezes.
Para tentar matar o ex-PM, ela já teria usado um revólver dele e uma faca. Em uma das tentativas, ele disse ter tido dentes quebrados pela vendedora. Segundo o ex-PM, a mãe da bebê é prostituta e transmitiu a ele doenças venéreas. "Ele a descreveu como uma mulher violenta, desequilibrada e capaz de qualquer coisa", disse o delegado Hélcio Sá.
O paradeiro da mãe da menina, indiciada por tentativa de homicídio, estava sendo mantido sob sigilo. Porém, ontem, foi informado de que ela está na penitenciária de mulheres Estevão Pinto (zona leste de Belo Horizonte).
Os retratos feitos pelo advogado que suspeita ser o pai da criança e pelo sargento, segundo o delegado, são completamente opostos. O primeiro a descreve como uma pessoa "desequilibrada, de péssimos costumes e agressiva" enquanto o segundo acha que ela é "dedicada e carinhosa".
Também em depoimento à Polícia Civil, Simone negou ter jogado a filha na lagoa, mas admitiu tê-la entregue a uma moradora de rua, junto com R$ 5. Disse ainda que poderia identificar a pessoa a quem entregou a criança. Ela tem outra filha, de 10 anos, que é criada pela avó paterna.
Outros casos
Outros casos envolvendo bebês foram registrados nos últimos dias.
Na madrugada desta quarta-feira, uma recém-nascida foi encontrada em uma calçada na rua das Gaivotas, no bairro Vila Clóris, em Belo Horizonte (MG). Ela possuía apenas uma identificação umbilical, de número 292, que poderá ser usada na localização da mãe.
Também nesta quarta-feira, uma mulher de 30 anos foi presa em flagrante sob suspeita de ter colocado a filha recém-nascida em uma sacola plástica e a jogado em um canal próximo de casa, em Canoas (RS). A criança morreu.
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Será registrada nesta quarta-feira como Letícia Maria Cassiano a bebê que foi encontrada boiando na lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), no sábado (28), conforme determinação da juíza-substituta Neuza Maria Guido, do Juizado da Infância e Juventude da cidade.
O registro é provisório e poderá ser alterado por quem assumir a guarda da criança. O nome foi escolhido, segundo a própria juíza, pois Letícia significa alegria e Maria é uma homenagem a Nossa Senhora, em agradecimento por ela ter sobrevivido.
Letícia, que tem dois meses de vida, estava internada desde seu nascimento, pois nasceu prematura. Ela foi encontrada boiando na lagoa, dentro de um saco plástico preto preso a um pedaço de madeira, poucas horas depois de ter recebido alta médica.
Seu choro foi ouvido por um casal que passeava na orla e pediu socorro. Com a ajuda de um pedaço de madeira, um homem conseguiu retirar o saco da água. Inicialmente, segundo a polícia, eles confundiram o choro da bebê com miados e pensaram tratar-se de um gato.
O namorado da mãe da bebê, cuja identidade não foi divulgada, realizou um exame de DNA ontem. Ele disse que pretende assumir a guarda de Letícia, caso seja o pai, e negou que soubesse da gravidez da companheira. Os avós maternos da criança já deram entrada com pedido de guarda na Justiça.
Quem for candidato a assumir a guarda da criança deve ser submetido a um estudo psicossocial. Embora familiares tenham preferência, várias pessoas --inclusive famosas e estrangeiras-- já teriam se candidatado.
Mãe
Ontem, o cabo reformado da Polícia Militar José Rezende Filho, 55, prestou depoimento à Polícia Civil. Ele manteve um relacionamento com a mãe da criança, a vendedora Simone Cassiano da Silva, 28, alguns anos atrás, e disse que ela era prostituta e tentou matá-lo três vezes.
Para tentar matar o ex-PM, ela já teria usado um revólver dele e uma faca. Em uma das tentativas, ele disse ter tido dentes quebrados pela vendedora. Segundo o ex-PM, a mãe da bebê é prostituta e transmitiu a ele doenças venéreas. "Ele a descreveu como uma mulher violenta, desequilibrada e capaz de qualquer coisa", disse o delegado Hélcio Sá.
O paradeiro da mãe da menina, indiciada por tentativa de homicídio, estava sendo mantido sob sigilo. Porém, ontem, foi informado de que ela está na penitenciária de mulheres Estevão Pinto (zona leste de Belo Horizonte).
Os retratos feitos pelo advogado que suspeita ser o pai da criança e pelo sargento, segundo o delegado, são completamente opostos. O primeiro a descreve como uma pessoa "desequilibrada, de péssimos costumes e agressiva" enquanto o segundo acha que ela é "dedicada e carinhosa".
Também em depoimento à Polícia Civil, Simone negou ter jogado a filha na lagoa, mas admitiu tê-la entregue a uma moradora de rua, junto com R$ 5. Disse ainda que poderia identificar a pessoa a quem entregou a criança. Ela tem outra filha, de 10 anos, que é criada pela avó paterna.
Outros casos
Outros casos envolvendo bebês foram registrados nos últimos dias.
Na madrugada desta quarta-feira, uma recém-nascida foi encontrada em uma calçada na rua das Gaivotas, no bairro Vila Clóris, em Belo Horizonte (MG). Ela possuía apenas uma identificação umbilical, de número 292, que poderá ser usada na localização da mãe.
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