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06/02/2006
-
21h43
da Agência Folha
da Folha Online
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que a vendedora Simone Cassiano da Silva, 29, jogou a filha de dois meses na lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), porque queria esconder do namorado o fato de a menina ser filha de outro homem.
A conclusão da polícia sobre a motivação do crime veio com o resultado do exame de DNA que descartou que o namorado de Silva seja o pai da menina. Ele --um advogado de 57 anos-- afirmou em depoimento que morava com Silva desde agosto e que desconhecia a gravidez da namorada.
À polícia, a vendedora disse que a filha, que nasceu com cinco meses, era do namorado.
Segundo o delegado Hélcio Sá, o inquérito do caso foi concluído e irá para a Justiça na terça-feira (7), com o indiciamento de Silva por suspeita de tentativa de homicídio.
Caberá ao Ministério Público oferecer denúncia (acusação formal), pedir novas apurações ou o arquivamento do inquérito.
O delegado afirmou que a paternidade da criança não será apurada, pois não interessa às investigações. "O que queríamos saber era a autoria e a motivação [do crime]", disse.
Testemunhas
Ao todo, 20 testemunhas foram ouvidas no inquérito, entre familiares de Silva, funcionários da maternidade onde a menina nasceu e testemunhas do crime. De acordo com o delegado, os depoimentos ajudaram a desmentir as "versões mentirosas e fantasiosas" de Silva.
A vendedora, que está presa, alegou ter deixado a filha com um casal de andarilhos e dado a eles R$ 5. Ela tem outra filha, de 10 anos, que é criada pela avó paterna
O advogado de Silva não foi localizado nesta segunda-feira. O celular dele também não recebia recados.
Abandonada
A criança, que tem dois meses de vida, foi encontrada boiando na lagoa, dentro de um saco plástico preto preso a um pedaço de madeira. A menina, prematura e que ficou internada desde seu nascimento, foi localizada poucas horas depois de ter recebido alta médica.
Seu choro foi ouvido por um casal que passeava na orla e pediu socorro. Com a ajuda de um pedaço de madeira, um homem conseguiu retirar o saco da água. Inicialmente, segundo a polícia, eles confundiram o choro da bebê com miados e pensaram tratar-se de um gato.
Em depoimento à Polícia Civil, a mãe negou ter jogado a menina na lagoa, mas admitiu tê-la entregue a uma moradora de rua.
Registro
A criança foi registrada como Letícia Maria Cassiano, conforme determinação da juíza-substituta Neuza Maria Guido, do Juizado da Infância e Juventude da cidade.
O registro é provisório e poderá ser alterado por quem assumir a guarda da criança. O nome foi escolhido, segundo a própria juíza, pois Letícia significa alegria e Maria é uma homenagem a Nossa Senhora, em agradecimento por ela ter sobrevivido.
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da Folha Online
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que a vendedora Simone Cassiano da Silva, 29, jogou a filha de dois meses na lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), porque queria esconder do namorado o fato de a menina ser filha de outro homem.
A conclusão da polícia sobre a motivação do crime veio com o resultado do exame de DNA que descartou que o namorado de Silva seja o pai da menina. Ele --um advogado de 57 anos-- afirmou em depoimento que morava com Silva desde agosto e que desconhecia a gravidez da namorada.
À polícia, a vendedora disse que a filha, que nasceu com cinco meses, era do namorado.
Segundo o delegado Hélcio Sá, o inquérito do caso foi concluído e irá para a Justiça na terça-feira (7), com o indiciamento de Silva por suspeita de tentativa de homicídio.
Caberá ao Ministério Público oferecer denúncia (acusação formal), pedir novas apurações ou o arquivamento do inquérito.
O delegado afirmou que a paternidade da criança não será apurada, pois não interessa às investigações. "O que queríamos saber era a autoria e a motivação [do crime]", disse.
Testemunhas
Ao todo, 20 testemunhas foram ouvidas no inquérito, entre familiares de Silva, funcionários da maternidade onde a menina nasceu e testemunhas do crime. De acordo com o delegado, os depoimentos ajudaram a desmentir as "versões mentirosas e fantasiosas" de Silva.
A vendedora, que está presa, alegou ter deixado a filha com um casal de andarilhos e dado a eles R$ 5. Ela tem outra filha, de 10 anos, que é criada pela avó paterna
O advogado de Silva não foi localizado nesta segunda-feira. O celular dele também não recebia recados.
Abandonada
A criança, que tem dois meses de vida, foi encontrada boiando na lagoa, dentro de um saco plástico preto preso a um pedaço de madeira. A menina, prematura e que ficou internada desde seu nascimento, foi localizada poucas horas depois de ter recebido alta médica.
Seu choro foi ouvido por um casal que passeava na orla e pediu socorro. Com a ajuda de um pedaço de madeira, um homem conseguiu retirar o saco da água. Inicialmente, segundo a polícia, eles confundiram o choro da bebê com miados e pensaram tratar-se de um gato.
Em depoimento à Polícia Civil, a mãe negou ter jogado a menina na lagoa, mas admitiu tê-la entregue a uma moradora de rua.
Registro
A criança foi registrada como Letícia Maria Cassiano, conforme determinação da juíza-substituta Neuza Maria Guido, do Juizado da Infância e Juventude da cidade.
O registro é provisório e poderá ser alterado por quem assumir a guarda da criança. O nome foi escolhido, segundo a própria juíza, pois Letícia significa alegria e Maria é uma homenagem a Nossa Senhora, em agradecimento por ela ter sobrevivido.
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