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07/02/2006
-
09h33
LUÍSA BRITO
da Folha de S.Paulo
Os organizadores da apresentação do grupo musical mexicano RBD, em São Paulo, não tinham atestado de vistoria do Corpo de Bombeiros nem autorização do Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis) para o evento. O departamento é ligado à Secretaria da Habitação.
Os responsáveis também não contavam com alvará de autorização para o evento, segundo informou o subprefeito local, José Augusto da Silva Ramos.
A apresentação acabou em tragédia no sábado no estacionamento do shopping Fiesta, na zona sul. Três pessoas morreram pisoteadas e cerca de 40 ficaram feridas durante um tumulto.
Os responsáveis pela apresentação tem até hoje para apresentar defesa quanto às irregularidades identificadas. A multa prevista por não solicitação do alvará pode chegar a R$ 1.400.
Segundo testemunhas, a confusão começou quando as pessoas que estavam perto do palco começaram a ser empurradas por quem estava atrás. De acordo com a Polícia Civil, havia entre 15 mil e 20 mil pessoas no local.
Em nota, a PM disse que a grade que separava o público do palco cedeu e várias pessoas foram pisoteadas. Um depoimento dado ontem à polícia confirmou que houve queda de parte da grade.
O depoimento contradiz a informação dos organizadores de que "a estrutura não sofreu alterações e permaneceu intacta". Questionada ontem, a organização manteve a versão inicial.
O evento foi patrocinado pelo Hipermercado Extra, do grupo Pão de Açúcar, e pela gravadora EMI. A assessoria de imprensa do shopping diz que apenas cedeu o espaço para a apresentação.
Em nota, a assessoria do Pão de Açúcar disse que determinou a abertura de sindicância interna para apurar as circunstâncias relacionadas à participação do Hipermercado Extra no evento. A gravadora EMI não quis se pronunciar sobre o caso.
A polícia começou a ouvir ontem testemunhas. O delegado Roberto da Silva Moreno disse que, se for comprovada a responsabilidade dos organizadores, eles podem ser indiciados por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e lesão corporal. O Ministério Público instaurou inquérito ontem para apurar o caso.
Colaboraram AMARÍLIS LAGE, da Folha de S.Paulo, e o Agora
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Os organizadores da apresentação do grupo musical mexicano RBD, em São Paulo, não tinham atestado de vistoria do Corpo de Bombeiros nem autorização do Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis) para o evento. O departamento é ligado à Secretaria da Habitação.
Os responsáveis também não contavam com alvará de autorização para o evento, segundo informou o subprefeito local, José Augusto da Silva Ramos.
A apresentação acabou em tragédia no sábado no estacionamento do shopping Fiesta, na zona sul. Três pessoas morreram pisoteadas e cerca de 40 ficaram feridas durante um tumulto.
Os responsáveis pela apresentação tem até hoje para apresentar defesa quanto às irregularidades identificadas. A multa prevista por não solicitação do alvará pode chegar a R$ 1.400.
Segundo testemunhas, a confusão começou quando as pessoas que estavam perto do palco começaram a ser empurradas por quem estava atrás. De acordo com a Polícia Civil, havia entre 15 mil e 20 mil pessoas no local.
Em nota, a PM disse que a grade que separava o público do palco cedeu e várias pessoas foram pisoteadas. Um depoimento dado ontem à polícia confirmou que houve queda de parte da grade.
O depoimento contradiz a informação dos organizadores de que "a estrutura não sofreu alterações e permaneceu intacta". Questionada ontem, a organização manteve a versão inicial.
O evento foi patrocinado pelo Hipermercado Extra, do grupo Pão de Açúcar, e pela gravadora EMI. A assessoria de imprensa do shopping diz que apenas cedeu o espaço para a apresentação.
Em nota, a assessoria do Pão de Açúcar disse que determinou a abertura de sindicância interna para apurar as circunstâncias relacionadas à participação do Hipermercado Extra no evento. A gravadora EMI não quis se pronunciar sobre o caso.
A polícia começou a ouvir ontem testemunhas. O delegado Roberto da Silva Moreno disse que, se for comprovada a responsabilidade dos organizadores, eles podem ser indiciados por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e lesão corporal. O Ministério Público instaurou inquérito ontem para apurar o caso.
Colaboraram AMARÍLIS LAGE, da Folha de S.Paulo, e o Agora
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