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21/02/2006
-
10h11
da Folha Online
Onze pessoas continuam reféns dos detentos da penitenciária de Ribeirão Preto (314 km a norte de São Paulo), na manhã desta terça-feira. Elas estão em poder dos presos desde o início da rebelião, há mais de 24 horas. Ontem (20), outras três penitenciárias paulistas registraram rebeliões.
Os problemas começaram por volta das 9h de segunda-feira (20), quando os detentos renderam nove agentes penitenciários e três empregados de uma empresa que prestava serviço ao governo estadual, segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária.
Somente um refém havia sido libertado, até as 11h desta terça. Ele passa bem. Não há registro de feridos. O fornecimento de energia elétrica está cortado desde a tarde de ontem.
De acordo com o Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), a rebelião é um protesto contra o rigor na vistoria das visitantes femininas. Em muitos casos, elas são flagradas tentando entrar com porções de drogas escondidas na vagina.
A unidade que tem capacidade para 792 presos, mas abriga 1.046.
Rebeliões
Ontem, outras três penitenciárias paulistas --também superlotadas-- tiveram rebeliões. No interior do Estado, houve tumulto em uma cadeia pública.
O último motim considerado encerrado foi o da penitenciária de Lucélia (586 km a noroeste de São Paulo). Ele havia começado por volta das 12h de ontem. Os quatro agentes penitenciários mantidos reféns foram liberados --ilesos-- por volta das 0h20 desta terça-feira.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, a rebelião começou por volta das 13h30 de ontem, com um detento que usou uma arma --ou uma réplica-- para render um funcionário da penitenciária e obrigar o colegas dele a abrir portões, permitindo sua fuga.
Quando os guardas da muralha da penitenciária perceberam a ação, eles atiraram contra o preso. Outro detento que estava no local foi baleado no braço. Ele não corre risco de morte. O preso que fugiria recuou, mas manteve cinco funcionários reféns.
No final da noite de ontem, os presos concordaram em libertar os reféns na manhã desta terça. Mas o fizeram ainda durante a madrugada. A unidade tem capacidade para 792 presos, mas abriga 1.195.
Bauru
Em Bauru (343 km a noroeste de São Paulo), a rebelião na penitenciária Dr. Alberto Brocchieri, conhecida como P1, começou às 9h30 de ontem com uma tentativa de fuga de um grupo de detentos da chamada área de inclusão --onde ficam os recém-chegados à unidade.
Como não conseguiram escapar, os presos usaram estiletes para render um colega e dois funcionários da unidade. Oito dos rebelados serão transferidos, conforme exigências apresentadas por eles ao governo estadual. A unidade poderia abrigar 750 presos, mas comporta atualmente 1.045.
Capital
Por volta das 10h de ontem, foram as detentas da Penitenciária Feminina de São Paulo que iniciaram uma rebelião. Oito funcionários foram mantidos reféns até as 17h, quando o motim terminou. Nenhum deles ficou ferido, segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária.
Há suspeitas de que a rebelião estivesse ligada à transferência de seis presas para o CRP (Centro de Reabilitação Penitenciária) de Taubaté (130 km a nordeste de São Paulo), no domingo (19). Quando a rebelião começou, a unidade tinha 658 presas, embora pudesse ter apenas 410.
Cadeia
Em dia de rebeliões, um grupo de 16 presos da cadeia pública de Paraguaçu Paulista (459 km a oeste de São Paulo) promoveu um tumulto, por volta das 10h. Eles se recusavam a voltar às duas celas em que estavam. Eles foram tirados devido a uma vistoria. O problema terminou às 14h15.
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Os problemas começaram por volta das 9h de segunda-feira (20), quando os detentos renderam nove agentes penitenciários e três empregados de uma empresa que prestava serviço ao governo estadual, segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária.
Somente um refém havia sido libertado, até as 11h desta terça. Ele passa bem. Não há registro de feridos. O fornecimento de energia elétrica está cortado desde a tarde de ontem.
De acordo com o Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), a rebelião é um protesto contra o rigor na vistoria das visitantes femininas. Em muitos casos, elas são flagradas tentando entrar com porções de drogas escondidas na vagina.
A unidade que tem capacidade para 792 presos, mas abriga 1.046.
Rebeliões
Ontem, outras três penitenciárias paulistas --também superlotadas-- tiveram rebeliões. No interior do Estado, houve tumulto em uma cadeia pública.
O último motim considerado encerrado foi o da penitenciária de Lucélia (586 km a noroeste de São Paulo). Ele havia começado por volta das 12h de ontem. Os quatro agentes penitenciários mantidos reféns foram liberados --ilesos-- por volta das 0h20 desta terça-feira.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, a rebelião começou por volta das 13h30 de ontem, com um detento que usou uma arma --ou uma réplica-- para render um funcionário da penitenciária e obrigar o colegas dele a abrir portões, permitindo sua fuga.
Quando os guardas da muralha da penitenciária perceberam a ação, eles atiraram contra o preso. Outro detento que estava no local foi baleado no braço. Ele não corre risco de morte. O preso que fugiria recuou, mas manteve cinco funcionários reféns.
No final da noite de ontem, os presos concordaram em libertar os reféns na manhã desta terça. Mas o fizeram ainda durante a madrugada. A unidade tem capacidade para 792 presos, mas abriga 1.195.
Bauru
Em Bauru (343 km a noroeste de São Paulo), a rebelião na penitenciária Dr. Alberto Brocchieri, conhecida como P1, começou às 9h30 de ontem com uma tentativa de fuga de um grupo de detentos da chamada área de inclusão --onde ficam os recém-chegados à unidade.
Como não conseguiram escapar, os presos usaram estiletes para render um colega e dois funcionários da unidade. Oito dos rebelados serão transferidos, conforme exigências apresentadas por eles ao governo estadual. A unidade poderia abrigar 750 presos, mas comporta atualmente 1.045.
Capital
Por volta das 10h de ontem, foram as detentas da Penitenciária Feminina de São Paulo que iniciaram uma rebelião. Oito funcionários foram mantidos reféns até as 17h, quando o motim terminou. Nenhum deles ficou ferido, segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária.
Há suspeitas de que a rebelião estivesse ligada à transferência de seis presas para o CRP (Centro de Reabilitação Penitenciária) de Taubaté (130 km a nordeste de São Paulo), no domingo (19). Quando a rebelião começou, a unidade tinha 658 presas, embora pudesse ter apenas 410.
Cadeia
Em dia de rebeliões, um grupo de 16 presos da cadeia pública de Paraguaçu Paulista (459 km a oeste de São Paulo) promoveu um tumulto, por volta das 10h. Eles se recusavam a voltar às duas celas em que estavam. Eles foram tirados devido a uma vistoria. O problema terminou às 14h15.
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