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27/02/2006
-
03h02
da Folha Online
Índios na comissão de frente, na bateria, em carros alegóricos e nas alas. Assim a Caprichosos de Pilares homenageou o Espírito Santo na Sapucaí, ressaltando ainda a cultura pomerana (de imigrantes europeus), o chocolate e o café, entre outras riquezas do Estado.
A agremiação defendeu o enredo "Na Folia com o Espírito Santo, o Espírito Santo Caprichou". A comissão de frente, que entrou no sambódromo por volta da 1h45 desta segunda-feira, trouxe integrantes vestidos de índios e de colonizadores, que desenvolveram sua coreografia em meio a três alegorias de barcos com artistas circenses.
A apresentadora Angélica foi o destaque principal do carro abre-alas, que trouxe cobras (símbolo da escola) em tamanho gigante. À frente do segundo carro, que levava 12 representantes da grife Daspu (marca criada pelas prostitutas da ONG Davida), vieram dois destaques de chão, relembrando um costume que tem sido pouco usado pelas escolas de samba.
Na ala "Deportados pelo Poder", componentes em roupas de época sujas e rasgadas lembraram os primeiros habitantes do Estado que vieram do além-mar. Já o chocolate foi lembrado, entre outras alegorias, por uma ala inteira fantasiada com a sua matéria-prima, o cacau.
Substituindo Luma de Oliveira, Mel Brito estreou como rainha da bateria da Caprichosos, cercada por índios (verdadeiros) que lhe faziam reverência. Os índios, de uma tribo da cidade capixaba de Aracruz, também participaram como ritmistas, com instrumentos tradicionais da sua cultura, como o chocalho e a casaca (semelhante ao reco-reco).
O carnavalesco Chico Spinosa também levou para a Sapucaí noivas vestidas de preto, numa alusão à cultura pomerana, cuja colonização é marcante na região. Os pomeranos são imigrantes de uma área entre a Polônia e a Alemanha, que foi extinta em disputas territoriais entre os dois países, mas cujas tradições sobrevivem em determinadas áreas do Estado.
A escola veio com cerca de 4.000 integrantes e 39 alas. Devido ao patrocínio de uma fábrica de chocolate, localizada no Estado homenageado, a agremiação preparou um carro inspirado no clássico "A Fantástica Fábrica de Chocolate", com uma fonte de chocolate.
Outro carro alegórico homenageou as paneleiras de Goiabeiras, cujo ofício de fabricar panelas de barro foi tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio imaterial em 2002.
Desfiles
Antes da Caprichosos, desfilaram Salgueiro, Rocinha e Imperatriz. Depois, passam pelo sambódromo Vila Isabel, Grande Rio e Beija-Flor.
Na noite de segunda-feira é a vez de Porto da Pedra, Mangueira, Viradouro, Mocidade Independente, Unidos da Tijuca, Império Serrano e Portela.
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Caprichosos põe índios no sambódromo para homenagear ES
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Índios na comissão de frente, na bateria, em carros alegóricos e nas alas. Assim a Caprichosos de Pilares homenageou o Espírito Santo na Sapucaí, ressaltando ainda a cultura pomerana (de imigrantes europeus), o chocolate e o café, entre outras riquezas do Estado.
A agremiação defendeu o enredo "Na Folia com o Espírito Santo, o Espírito Santo Caprichou". A comissão de frente, que entrou no sambódromo por volta da 1h45 desta segunda-feira, trouxe integrantes vestidos de índios e de colonizadores, que desenvolveram sua coreografia em meio a três alegorias de barcos com artistas circenses.
A apresentadora Angélica foi o destaque principal do carro abre-alas, que trouxe cobras (símbolo da escola) em tamanho gigante. À frente do segundo carro, que levava 12 representantes da grife Daspu (marca criada pelas prostitutas da ONG Davida), vieram dois destaques de chão, relembrando um costume que tem sido pouco usado pelas escolas de samba.
Na ala "Deportados pelo Poder", componentes em roupas de época sujas e rasgadas lembraram os primeiros habitantes do Estado que vieram do além-mar. Já o chocolate foi lembrado, entre outras alegorias, por uma ala inteira fantasiada com a sua matéria-prima, o cacau.
Substituindo Luma de Oliveira, Mel Brito estreou como rainha da bateria da Caprichosos, cercada por índios (verdadeiros) que lhe faziam reverência. Os índios, de uma tribo da cidade capixaba de Aracruz, também participaram como ritmistas, com instrumentos tradicionais da sua cultura, como o chocalho e a casaca (semelhante ao reco-reco).
O carnavalesco Chico Spinosa também levou para a Sapucaí noivas vestidas de preto, numa alusão à cultura pomerana, cuja colonização é marcante na região. Os pomeranos são imigrantes de uma área entre a Polônia e a Alemanha, que foi extinta em disputas territoriais entre os dois países, mas cujas tradições sobrevivem em determinadas áreas do Estado.
A escola veio com cerca de 4.000 integrantes e 39 alas. Devido ao patrocínio de uma fábrica de chocolate, localizada no Estado homenageado, a agremiação preparou um carro inspirado no clássico "A Fantástica Fábrica de Chocolate", com uma fonte de chocolate.
Outro carro alegórico homenageou as paneleiras de Goiabeiras, cujo ofício de fabricar panelas de barro foi tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio imaterial em 2002.
Desfiles
Antes da Caprichosos, desfilaram Salgueiro, Rocinha e Imperatriz. Depois, passam pelo sambódromo Vila Isabel, Grande Rio e Beija-Flor.
Na noite de segunda-feira é a vez de Porto da Pedra, Mangueira, Viradouro, Mocidade Independente, Unidos da Tijuca, Império Serrano e Portela.
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