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07/03/2006
-
22h27
MARCO BAHE
Colaboração para a Agência Folha, em Recife
Cerca de 500 mulheres se reuniram na tarde desta terça-feira no centro do Recife (PE) para dar início às manifestações pelo Dia Internacional da Mulher. Vestidas de preto, elas protestavam contra o aumento no número de mulheres assassinadas entre os últimos meses de janeiro e fevereiro.
Foram mortas 66 mulheres apenas na região metropolitana, segundo dados da Secretaria Estadual da Defesa Social. No mesmo período, em 2005, 42 mulheres foram mortas. Entre os anos de 2002 e 2005, o número chegou a 1.193, colocando o Estado no topo do ranking nacional.
A marcha das mulheres seguiu em silêncio pelas ruas de Recife até a praça da Justiça, onde começou uma vigília. Em frente às escadarias do Tribunal de Justiça, os organizadores gritaram o nome das 66 mulheres mortas. A cada nome anunciado, o público gritava "presente!".
Para quarta-feira (8), o Fórum de Mulheres de Pernambuco --que reúne diversas entidades de defesa dos direitos da mulher-- pretende reunir cerca de 6.000 mulheres em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual.
A manifestação será reforçada por agricultoras de vários municípios. Elas protestam contra o desemprego, falta de estrutura do sistema de saúde no interior e os sucessivos caso de violência, que sequer entram nas estatísticas oficiais.
Durante o ato, a secretária de Coordenação de Mulheres Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco, Maria Aparecida de Melo, denunciou a falta de dados sobre a violência no campo.
"Não é possível que, até o momento, mais de 60 mulheres da área urbana de Pernambuco tenham sido assassinadas e, na área rural, nenhum dado seja de conhecimento nos registros legais de ocorrência."
Nesta noite haveria uma nova passeata pelas ruas de Olinda. Também seria realizada uma missa, no tradicional Mosteiro de São Bento.
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Mulheres protestam contra aumento de mortes em Recife
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Colaboração para a Agência Folha, em Recife
Cerca de 500 mulheres se reuniram na tarde desta terça-feira no centro do Recife (PE) para dar início às manifestações pelo Dia Internacional da Mulher. Vestidas de preto, elas protestavam contra o aumento no número de mulheres assassinadas entre os últimos meses de janeiro e fevereiro.
Foram mortas 66 mulheres apenas na região metropolitana, segundo dados da Secretaria Estadual da Defesa Social. No mesmo período, em 2005, 42 mulheres foram mortas. Entre os anos de 2002 e 2005, o número chegou a 1.193, colocando o Estado no topo do ranking nacional.
A marcha das mulheres seguiu em silêncio pelas ruas de Recife até a praça da Justiça, onde começou uma vigília. Em frente às escadarias do Tribunal de Justiça, os organizadores gritaram o nome das 66 mulheres mortas. A cada nome anunciado, o público gritava "presente!".
Para quarta-feira (8), o Fórum de Mulheres de Pernambuco --que reúne diversas entidades de defesa dos direitos da mulher-- pretende reunir cerca de 6.000 mulheres em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual.
A manifestação será reforçada por agricultoras de vários municípios. Elas protestam contra o desemprego, falta de estrutura do sistema de saúde no interior e os sucessivos caso de violência, que sequer entram nas estatísticas oficiais.
Durante o ato, a secretária de Coordenação de Mulheres Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco, Maria Aparecida de Melo, denunciou a falta de dados sobre a violência no campo.
"Não é possível que, até o momento, mais de 60 mulheres da área urbana de Pernambuco tenham sido assassinadas e, na área rural, nenhum dado seja de conhecimento nos registros legais de ocorrência."
Nesta noite haveria uma nova passeata pelas ruas de Olinda. Também seria realizada uma missa, no tradicional Mosteiro de São Bento.
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