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08/03/2006
-
22h55
da Folha Online
Homens do Exército que ocupam o morro da Providência (centro do Rio) trocaram tiros com criminosos do morro do Pinto na noite desta quarta-feira. Não há registro de feridos. O movimento teria provocado protesto entre os moradores. É o quarto tiroteio, desde o início das ocupações.
De acordo com o coronel Fernando Lemos, porta-voz do CML (Comando Militar do Leste), o tiroteio ocorreu por volta das 21h30. Policiais militares foram convocados a intervir.
Desde o início das ocupações de morros e favelas na tentativa de localizar dez fuzis FAL e uma pistola levados na semana passada de um quartel em São Cristóvão, ao menos outros três confrontos foram registrados.
Um deles aconteceu no próprio morro da Providência, na segunda-feira (6). Horas depois, um adolescente foi baleado e morreu no local. O CML nega envolvimento das tropas do Exército no crime. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso. Mais tarde, houve tiroteio no morro da Mangueira.
No domingo (5), também no morro da Providência, uma bomba de fabricação caseira foi jogada contra soldados. Na terça (7), militares trocaram tiros com criminosos em Manguinhos. Nos dois casos, não houve feridos.
Nesta quarta, PMs apreenderam coletes à prova de balas, munição e uma granada na favela da Metral (zona oeste do Rio), ocupada desde a noite de terça (7). O material foi levado para o quartel que foi roubado.
Ocupação
Desde o final da semana passada, o Exército já ocupou dez regiões da zona norte do Rio, em busca das armas. Nesta quarta, os militares iniciaram uma série de bloqueios em estradas como a Dutra, a BR-040, a Rio-Santos, a ponte Rio-Niterói e em vias da Baía de Guanabara.
O CML afirma que a medida foi adotada para evitar que os criminosos tentem deixar a cidade com as armas roubadas.
Na noite de terça (7), enquanto os militares ocupavam a favela da Metral, outros saíram das favelas Vila dos Pinheiros e Caju. Hoje, estão ocupados o morro da Providência, morro do Dendê, as favelas Jardim América, Parque Alegria, Jacarezinho, Manguinhos, Nova Brasília.
Os militares utilizam um tanque de guerra e carros de combate. A operação deve terminar apenas quando as armas forem encontradas.
Cerca de 150 dos militares envolvidos na operação estiveram até dezembro do ano passado em missão no Haiti, país caribenho em guerra civil. É um grupo de elite, treinado para situações de conflito em áreas semelhantes às favelas cariocas.
Roubo
O roubo das armas ocorreu na madrugada de sexta passada (3). Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. O Exército obteve mandados de busca --com validade indeterminada-- na Justiça Militar.
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Exército troca tiros com criminosos no morro da Providência
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Homens do Exército que ocupam o morro da Providência (centro do Rio) trocaram tiros com criminosos do morro do Pinto na noite desta quarta-feira. Não há registro de feridos. O movimento teria provocado protesto entre os moradores. É o quarto tiroteio, desde o início das ocupações.
De acordo com o coronel Fernando Lemos, porta-voz do CML (Comando Militar do Leste), o tiroteio ocorreu por volta das 21h30. Policiais militares foram convocados a intervir.
Desde o início das ocupações de morros e favelas na tentativa de localizar dez fuzis FAL e uma pistola levados na semana passada de um quartel em São Cristóvão, ao menos outros três confrontos foram registrados.
Um deles aconteceu no próprio morro da Providência, na segunda-feira (6). Horas depois, um adolescente foi baleado e morreu no local. O CML nega envolvimento das tropas do Exército no crime. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso. Mais tarde, houve tiroteio no morro da Mangueira.
No domingo (5), também no morro da Providência, uma bomba de fabricação caseira foi jogada contra soldados. Na terça (7), militares trocaram tiros com criminosos em Manguinhos. Nos dois casos, não houve feridos.
Nesta quarta, PMs apreenderam coletes à prova de balas, munição e uma granada na favela da Metral (zona oeste do Rio), ocupada desde a noite de terça (7). O material foi levado para o quartel que foi roubado.
Ocupação
Desde o final da semana passada, o Exército já ocupou dez regiões da zona norte do Rio, em busca das armas. Nesta quarta, os militares iniciaram uma série de bloqueios em estradas como a Dutra, a BR-040, a Rio-Santos, a ponte Rio-Niterói e em vias da Baía de Guanabara.
O CML afirma que a medida foi adotada para evitar que os criminosos tentem deixar a cidade com as armas roubadas.
Na noite de terça (7), enquanto os militares ocupavam a favela da Metral, outros saíram das favelas Vila dos Pinheiros e Caju. Hoje, estão ocupados o morro da Providência, morro do Dendê, as favelas Jardim América, Parque Alegria, Jacarezinho, Manguinhos, Nova Brasília.
Os militares utilizam um tanque de guerra e carros de combate. A operação deve terminar apenas quando as armas forem encontradas.
Cerca de 150 dos militares envolvidos na operação estiveram até dezembro do ano passado em missão no Haiti, país caribenho em guerra civil. É um grupo de elite, treinado para situações de conflito em áreas semelhantes às favelas cariocas.
Roubo
O roubo das armas ocorreu na madrugada de sexta passada (3). Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. O Exército obteve mandados de busca --com validade indeterminada-- na Justiça Militar.
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