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10/03/2006
-
13h31
da Folha Online
Militares do Exército voltaram a entrar em confronto, na manhã desta sexta-feira, com traficantes do morro da Providência (região central do Rio). Três pessoas ficaram feridas, entre elas um bebê. O Comando Militar do Leste afirma que o confronto começou quando cerca de 50 soldados que ocupam o morro foram agredidos por moradores, a maioria mulheres e crianças.
Segundo o Exército, tiros foram disparados para o alto para dispersar a manifestação. Com o barulho dos tiros, traficantes que estavam no morro do Pinto, em frente ao morro da Providência, atiraram na direção dos militares. O tiroteio durou cerca de duas horas.
Em meio ao confronto, um homem, uma mulher e um bebê de aproximadamente um mês de vida ficaram feridos. Elas teriam sido atingidas por estilhaços de balas e granadas. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, o homem foi atendido no hospital Souza Aguiar, por volta das 7h, e liberado duas horas depois, após curativo. A mulher e a criança chegaram ao hospital pouco depois, foram medicadas e, por volta das 13h30, permaneciam internadas. Os nomes e idades não foram divulgados.
Durante a operação, quatro pessoas foram presas em uma casa, onde também foram apreendidos 10 quilos de cocaína, uma farda camuflada do Exército e radiotransmissores.
O Exército realiza desde o último fim de semana uma operação em morros, favelas e estradas do Rio na tentativa de recuperar os dez fuzis FAL e uma pistola levados do ECT (Estabelecimento Central de Transportes), no dia 3.
Operação
No total, dez morros e favelas foram ocupados pelo Exército desde o dia 4. Desde quarta (8), as tropas realizam bloqueios em estradas como a Dutra, a BR-040, a Rio-Santos, a ponte Rio-Niterói e em vias da Baía de Guanabara. Apesar do aparato, nenhuma das armas levadas do quartel do Exército foi encontrada.
Os militares ampliaram os trabalhos e ocuparam nesta sexta-feira o morro do Pinto, anexo ao morro da Providência, onde confrontos com traficantes têm sido constantes.
Na noite de terça (7), enquanto os militares ocupavam a favela da Metral, outros saíram das favelas Vila dos Pinheiros e Caju. Na noite de quinta, os militares saíram do Dendê e do Jardim América. A ocupação continua, além do morro do Pinto, nos morros da Providência, nas favelas Parque Alegria, Jacarezinho, Manguinhos, Nova Brasília.
Oficialmente, os militares afirmam que a operação terminará apenas quando as armas forem encontradas. Porém, conforme reportagem publicada na quinta-feira (9) pela Folha, o Estado Maior do CML já começou a discutir, ainda que de modo reservado, a hipótese de os dez fuzis e a pistola não serem recuperados.
Caso isso ocorra, o mais provável é que as tropas voltem aos quartéis, e o serviço de inteligência do Exército continue a investigar o paradeiro do armamento, roubado na sexta passada.
Roubo
O roubo das armas ocorreu na madrugada de sexta passada (3). Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar.
Com Agência Brasil e Folha de S.Paulo, no Rio
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Militares do Exército voltaram a entrar em confronto, na manhã desta sexta-feira, com traficantes do morro da Providência (região central do Rio). Três pessoas ficaram feridas, entre elas um bebê. O Comando Militar do Leste afirma que o confronto começou quando cerca de 50 soldados que ocupam o morro foram agredidos por moradores, a maioria mulheres e crianças.
Segundo o Exército, tiros foram disparados para o alto para dispersar a manifestação. Com o barulho dos tiros, traficantes que estavam no morro do Pinto, em frente ao morro da Providência, atiraram na direção dos militares. O tiroteio durou cerca de duas horas.
Em meio ao confronto, um homem, uma mulher e um bebê de aproximadamente um mês de vida ficaram feridos. Elas teriam sido atingidas por estilhaços de balas e granadas. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, o homem foi atendido no hospital Souza Aguiar, por volta das 7h, e liberado duas horas depois, após curativo. A mulher e a criança chegaram ao hospital pouco depois, foram medicadas e, por volta das 13h30, permaneciam internadas. Os nomes e idades não foram divulgados.
Durante a operação, quatro pessoas foram presas em uma casa, onde também foram apreendidos 10 quilos de cocaína, uma farda camuflada do Exército e radiotransmissores.
O Exército realiza desde o último fim de semana uma operação em morros, favelas e estradas do Rio na tentativa de recuperar os dez fuzis FAL e uma pistola levados do ECT (Estabelecimento Central de Transportes), no dia 3.
Operação
No total, dez morros e favelas foram ocupados pelo Exército desde o dia 4. Desde quarta (8), as tropas realizam bloqueios em estradas como a Dutra, a BR-040, a Rio-Santos, a ponte Rio-Niterói e em vias da Baía de Guanabara. Apesar do aparato, nenhuma das armas levadas do quartel do Exército foi encontrada.
Os militares ampliaram os trabalhos e ocuparam nesta sexta-feira o morro do Pinto, anexo ao morro da Providência, onde confrontos com traficantes têm sido constantes.
Na noite de terça (7), enquanto os militares ocupavam a favela da Metral, outros saíram das favelas Vila dos Pinheiros e Caju. Na noite de quinta, os militares saíram do Dendê e do Jardim América. A ocupação continua, além do morro do Pinto, nos morros da Providência, nas favelas Parque Alegria, Jacarezinho, Manguinhos, Nova Brasília.
Oficialmente, os militares afirmam que a operação terminará apenas quando as armas forem encontradas. Porém, conforme reportagem publicada na quinta-feira (9) pela Folha, o Estado Maior do CML já começou a discutir, ainda que de modo reservado, a hipótese de os dez fuzis e a pistola não serem recuperados.
Caso isso ocorra, o mais provável é que as tropas voltem aos quartéis, e o serviço de inteligência do Exército continue a investigar o paradeiro do armamento, roubado na sexta passada.
Roubo
O roubo das armas ocorreu na madrugada de sexta passada (3). Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar.
Com Agência Brasil e Folha de S.Paulo, no Rio
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