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11/03/2006
-
10h33
da Folha Online
O clima na morro da Providência, no centro do Rio de Janeiro, ocupado por homens do Exército, que buscam dez fuzis FAL e uma pistola roubados de um quartel em São Cristóvão (zona norte) no último dia 3, permanece tenso neste sábado, mas sem registro de incidentes, segundo informações do CML (Comando Militar do Leste).
Na noite de ontem, um garoto de 11 anos foi baleado durante novo tiroteio entre o Exército e criminosos no morro. Segundo a polícia, ele foi atingido no braço e o caso registrado na 4ª DP (Central do Brasil).
Outros tiroteios na Providência, na manhã desta sexta-feira, deixaram três pessoas feridas. Um bebê com apenas 26 dias de vida foi ferido na cabeça pelos estilhaços de um disparo. Ele obteve alta ontem à tarde e passa bem. Os outros dois feridos, uma mulher e um homem, também já tiveram alta.
De acordo com o CML, os problemas na Providência começaram quando cerca de 50 soldados foram agredidos por moradores, na maioria mulheres e crianças. Os militares, então, atiraram para o alto para dispersar a manifestação.
Com o barulho dos tiros, traficantes que estavam no morro do Pinto, em frente ao morro da Providência, atiraram na direção aos militares. O tiroteio durou cerca de duas horas.
Durante a operação, quatro pessoas foram presas em uma casa, onde também foram apreendidos 10 kg de cocaína, uma farda camuflada do Exército e radiotransmissores.
Ocupação
No total, dez morros e favelas foram ocupados pelo Exército desde o dia 4. Nesta sexta-feira, os militares estenderam as ocupações ao morro do Pinto, anexo ao morro da Providência, onde confrontos entre as tropas e criminosos têm sido constantes.
Na noite de terça (7), enquanto os militares ocupavam a favela da Metral, outros saíram das favelas Vila dos Pinheiros e Caju. Na noite de quinta (9), os militares saíram do Dendê e do Jardim América.
A ocupação continua ainda nos morros da Providência e nas favelas Parque Alegria, Jacarezinho, Manguinhos e Nova Brasília.
Na quarta (8), o Exército fixou bloqueios nas principais rodovias de acesso ao Rio --como Dutra, BR-040, Rio-Santos e ponte Rio-Niterói. Nesta sexta, porém, os bloqueios foram substituídos por blitze eventuais.
Continuidade
Oficialmente, os militares afirmam que a operação terminará apenas quando as armas forem encontradas.
Porém, conforme reportagem publicada pela Folha, o Estado Maior do CML já começou a discutir, ainda que de modo reservado, a hipótese das armas não serem recuperadas.
Caso isso ocorra, o mais provável é que as tropas voltem aos quartéis, e o serviço de inteligência do Exército continue a apurar o paradeiro das armas.
Roubo
O roubo das armas ocorreu na madrugada de sexta passada (3). Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam e agrediram soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar.
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Clima no morro da Providência permanece tenso
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O clima na morro da Providência, no centro do Rio de Janeiro, ocupado por homens do Exército, que buscam dez fuzis FAL e uma pistola roubados de um quartel em São Cristóvão (zona norte) no último dia 3, permanece tenso neste sábado, mas sem registro de incidentes, segundo informações do CML (Comando Militar do Leste).
Na noite de ontem, um garoto de 11 anos foi baleado durante novo tiroteio entre o Exército e criminosos no morro. Segundo a polícia, ele foi atingido no braço e o caso registrado na 4ª DP (Central do Brasil).
Outros tiroteios na Providência, na manhã desta sexta-feira, deixaram três pessoas feridas. Um bebê com apenas 26 dias de vida foi ferido na cabeça pelos estilhaços de um disparo. Ele obteve alta ontem à tarde e passa bem. Os outros dois feridos, uma mulher e um homem, também já tiveram alta.
De acordo com o CML, os problemas na Providência começaram quando cerca de 50 soldados foram agredidos por moradores, na maioria mulheres e crianças. Os militares, então, atiraram para o alto para dispersar a manifestação.
Com o barulho dos tiros, traficantes que estavam no morro do Pinto, em frente ao morro da Providência, atiraram na direção aos militares. O tiroteio durou cerca de duas horas.
Durante a operação, quatro pessoas foram presas em uma casa, onde também foram apreendidos 10 kg de cocaína, uma farda camuflada do Exército e radiotransmissores.
Ocupação
No total, dez morros e favelas foram ocupados pelo Exército desde o dia 4. Nesta sexta-feira, os militares estenderam as ocupações ao morro do Pinto, anexo ao morro da Providência, onde confrontos entre as tropas e criminosos têm sido constantes.
Na noite de terça (7), enquanto os militares ocupavam a favela da Metral, outros saíram das favelas Vila dos Pinheiros e Caju. Na noite de quinta (9), os militares saíram do Dendê e do Jardim América.
A ocupação continua ainda nos morros da Providência e nas favelas Parque Alegria, Jacarezinho, Manguinhos e Nova Brasília.
Na quarta (8), o Exército fixou bloqueios nas principais rodovias de acesso ao Rio --como Dutra, BR-040, Rio-Santos e ponte Rio-Niterói. Nesta sexta, porém, os bloqueios foram substituídos por blitze eventuais.
Continuidade
Oficialmente, os militares afirmam que a operação terminará apenas quando as armas forem encontradas.
Porém, conforme reportagem publicada pela Folha, o Estado Maior do CML já começou a discutir, ainda que de modo reservado, a hipótese das armas não serem recuperadas.
Caso isso ocorra, o mais provável é que as tropas voltem aos quartéis, e o serviço de inteligência do Exército continue a apurar o paradeiro das armas.
Roubo
O roubo das armas ocorreu na madrugada de sexta passada (3). Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), renderam e agrediram soldados responsáveis pela guarda e roubaram armas que estavam em armários.
Um inquérito policial militar foi instaurado após o roubo. Para realizar a operação em busca das armas, o Exército obteve mandados de busca na Justiça Militar.
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