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22/03/2006
-
19h47
da Folha Online
Conforme determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), a libanesa Rana Abdel Rahim Koleilat, 39, presa desde o último dia 12 em São Paulo, foi transferida nesta quarta-feira para a sede da Superintendência da PF (Polícia Federal), na Lapa (zona oeste).
No Líbano, ela é suspeita de ter participado de uma fraude bancária de US$ 1,2 bilhão que teria financiado o atentado que matou o ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri, em 2005. No Brasil, ela é suspeita de tentar tentado subornar os policiais que a localizaram, em um flat.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Segurança Pública, responsável pela transferência, não confirmou se ela está relacionada ao processo de extradição de Rana movido pelo governo libanês perante o STF.
Rana está presa preventivamente, para fins de extradição, desde o último dia 15, também conforme decisão do STF.
Prisão
Rana foi localizada por meio de informações passadas por um denunciante anônimo que, segundo a polícia, falava com forte sotaque. Nas ligações, ele deu detalhes sobre o paradeiro da libanesa.
Além da denúncia anônima, a polícia tinha um comunicado da Interpol e outro do consulado do Líbano. Os documentos pediam apenas a localização da libanesa. Porém, a polícia afirma que a prisão ocorreu por causa da tentativa de suborno.
Segundo o advogado da libanesa, Victor Mauad, a prisão aconteceu por um mal-entendido, já que sua cliente não fala português e não poderia oferecer dinheiro aos policiais.
Suspeita
Golpes supostamente aplicados pela libanesa no sistema bancário de seu país de origem poderiam ter financiado o atentado que causou a morte de Hariri, ocorrida em fevereiro do ano passado, conforme informado à polícia brasileira pelo Consulado do Líbano em São Paulo.
"Uma comissão do Conselho de Segurança [da ONU] quer ouvi-la para saber se o dinheiro das fraudes ajudou a financiar o atentado", disse na segunda (13) o delegado Murilo Fonseca Roque, da SIG (Setor de Investigações Gerais), da 7ª Delegacia Seccional.
O Cônsul-Geral do Líbano em São Paulo, Joseph Sayah, disse à polícia que Rana trabalhava no Bank al-Madinah e, com outras sete pessoas, desviou o dinheiro para financiar o atentado a bomba que, em fevereiro de 2005, matou Rafik Hariri. A economista chegou a ficar presa por 14 meses acusada pelo golpe. Foi solta, mas deveria permanecer no Líbano.
O cônsul Sayah disse ainda existir uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de abril de 2005, alertando sobre a importância da prisão de Rana para as investigações sobre o atentado contra Hariri.
Passaporte
No momento da prisão, a economista portava um passaporte da Irlanda do Norte em nome de Rana Klailat. Levantamento preliminar junto às autoridades britânicas no Brasil e no Líbano apontou que o documento é falso.
Sobre o passaporte, o advogado Victor Mauad afirmou que a economista garantiu que o documento é original e foi obtido porque ela tem dupla cidadania --libanesa e inglesa.
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Conforme determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), a libanesa Rana Abdel Rahim Koleilat, 39, presa desde o último dia 12 em São Paulo, foi transferida nesta quarta-feira para a sede da Superintendência da PF (Polícia Federal), na Lapa (zona oeste).
No Líbano, ela é suspeita de ter participado de uma fraude bancária de US$ 1,2 bilhão que teria financiado o atentado que matou o ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri, em 2005. No Brasil, ela é suspeita de tentar tentado subornar os policiais que a localizaram, em um flat.
Reprodução |
Reprodução do passaporte apresentado pela libanesa à polícia |
Rana está presa preventivamente, para fins de extradição, desde o último dia 15, também conforme decisão do STF.
Prisão
Rana foi localizada por meio de informações passadas por um denunciante anônimo que, segundo a polícia, falava com forte sotaque. Nas ligações, ele deu detalhes sobre o paradeiro da libanesa.
Além da denúncia anônima, a polícia tinha um comunicado da Interpol e outro do consulado do Líbano. Os documentos pediam apenas a localização da libanesa. Porém, a polícia afirma que a prisão ocorreu por causa da tentativa de suborno.
Segundo o advogado da libanesa, Victor Mauad, a prisão aconteceu por um mal-entendido, já que sua cliente não fala português e não poderia oferecer dinheiro aos policiais.
Suspeita
Golpes supostamente aplicados pela libanesa no sistema bancário de seu país de origem poderiam ter financiado o atentado que causou a morte de Hariri, ocorrida em fevereiro do ano passado, conforme informado à polícia brasileira pelo Consulado do Líbano em São Paulo.
"Uma comissão do Conselho de Segurança [da ONU] quer ouvi-la para saber se o dinheiro das fraudes ajudou a financiar o atentado", disse na segunda (13) o delegado Murilo Fonseca Roque, da SIG (Setor de Investigações Gerais), da 7ª Delegacia Seccional.
O Cônsul-Geral do Líbano em São Paulo, Joseph Sayah, disse à polícia que Rana trabalhava no Bank al-Madinah e, com outras sete pessoas, desviou o dinheiro para financiar o atentado a bomba que, em fevereiro de 2005, matou Rafik Hariri. A economista chegou a ficar presa por 14 meses acusada pelo golpe. Foi solta, mas deveria permanecer no Líbano.
O cônsul Sayah disse ainda existir uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de abril de 2005, alertando sobre a importância da prisão de Rana para as investigações sobre o atentado contra Hariri.
Passaporte
No momento da prisão, a economista portava um passaporte da Irlanda do Norte em nome de Rana Klailat. Levantamento preliminar junto às autoridades britânicas no Brasil e no Líbano apontou que o documento é falso.
Sobre o passaporte, o advogado Victor Mauad afirmou que a economista garantiu que o documento é original e foi obtido porque ela tem dupla cidadania --libanesa e inglesa.
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